Advogado de Kathryn Mayorga, Leslie Mark Stovall, foi condenado a pagar 334.637, 50 dólares, o equivalente a 313 mil euros, a Cristiano Ronaldo na sequência da acusação de alegado abuso sexual por parte do jogador português. Segundo avançou o jornal The Athletic o valor definido foi calculado tendo por base os honorários que o internacional pagou para se defender de uma acusação que culminou em arquivamento.
Os magistrados consideraram que o advogado de Kathryn Mayorga tinha baseado o processo por danos civis em documentos confidenciais que foram furtados. Neles estavam reproduzidas as conversas entre o futebolista e os causídicos que o representavam.
Recorde-se que em junho do ano passado, um tribunal de Las Vegas, nos Estados Unidos da América (EUA), arquivou o pedido de Kathryn Mayorga de indemnização de milhões de dólares ao futebolista Cristiano Ronaldo, num processo de alegada violação em 2009.
A juíza Jennifer Dorsey negou o requerimento da mulher norte-americana, confirmando o pedido de arquivamento da queixa, em outubro de 2021, de um juiz federal do estado de Nevada, dando razão aos advogados de Cristiano Ronaldo.
Kathryn Mayorga, que acusa o internacional português de a ter violado num hotel em Las Vegas, recebeu 375 mil dólares (354.664 euros) por acordo confidencial, em agosto de 2010, mas chegou a pedir uma indemnização de 25 milhões de dólares (23,6 milhões de euros).
A mesma juíza também considerou que o advogado da queixosa, Leslie Mark Stovall, tinha revelado “conduta de má-fé” no processo, tal como tinha argumentado, no ano passado, o juiz responsável pelo caso, o magistrado Daniel Albregts.
Dorsey escreveu, num relatório de 42 páginas, que arquivar um processo não lhe dando hipótese de ser reaberto “é uma sanção severa”, mas que a conduta do advogado da queixosa tinha prejudicado Cristiano Ronaldo. “O uso continuado destes documentos foi má-fé”, e alegou que não bastava uma censura ao advogado de Mayorga, porque o seu conteúdo foi usado para fabricar a base da queixa, tendo, por isso, decidido por “sanções severas”.