Abuso sexual com consequências físicas no coração e cérebro a longo prazo

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[Fotografia: Unsplash/Priscilla du Perez]

O abuso de drogas e álcool e o stress pós-traumático são as consequências mais conhecidas nas vítimas de abuso sexual. Agora, surgiram novos estudos que exploraram os efeitos no cérebro e no coração.

Há muito tempo que vários profissionais de saúde descobriram que o abuso sexual pode despertar, mais tarde, o excesso de drogas ou álcool e stress pós-traumático.

Agora, dois novos estudos apresentados na reunião da North American Menopause Society (NAMS), a 24 de setembro do ano passado, comprovam as sequelas do abuso sexual também se manifestam na vítima a nível físico e a longo prazo.

Numa das investigações, foram entrevistadas 145 mulheres, com média de 59 anos, sem quaisquer registos de Acidentes Vasculares Cerebrais, Demência ou outros problemas vasculares. Em segundo lugar, foram captadas as imagens de cada cérebro para controlar a substância branca, que serve como marcador para prevenir as doenças vasculares. Quanto maior for o sinal da substância, maior o risco de ter problemas.

A maioria das mulheres (68%) afirmou ter sofrido um trauma, com o abuso sexual a ser o mais comum (23%). Ou seja, as mulheres que foram abusadas demonstraram uma maior substância branca.

No segundo estudo, o grupo de investigadores procurou as pesquisas envolvendo o abuso sexual e problemas cardíacos. Depois de 41 estudos e cerca de dois milhões de inquiridos, os cientistas perceberam que o abuso sexual estava relacionado com o aumento dos problemas cardíacos.

Os pesquisadores recomendaram que os profissionais de saúde, que se deparem com pacientes, nomeadamente, mulheres que sofram de problemas cardíacos, devem ter em conta o seu passado médico, procurando saber se existiu, ou não, abuso sexual.

Segundo os cientistas partilhar o historial correto com o médico pode ajudar a tratar melhor o paciente perante a sua situação, caso tenha sofrido de abusos sexuais no passado e, agora, demonstre problemas cardíacos.