Adeus Constança, até depois

Constança Urbano de Sousa

A composição do XXI Governo constitucional, liderado pelo socialista António Costa, vai ser alterada pela quarta vez desde que entrou em funções, após a demissão, esta quarta-feira, da ministra da Administração Interna.

Constança Urbano de Sousa deixou o executivo depois de meses de polémica em torno da responsabilidade política em torno dos incêndios de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, concelhos limítrofes, em junho, e, no domingo, na região centro, nos distritos de Viseu, Coimbra, Leiria, que fizeram mais de 100 mortos.

A carta de demissão da ministra, que ainda na sexta-feira afirmou que não sairia do Governo, surge horas depois de uma comunicação ao país do Presidente da República, a partir de Oliveira do Hospital, na terça-feira à noite.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é preciso “abrir um novo ciclo”, na sequência dos incêndios de junho e de domingo passado, e que isso “inevitavelmente obrigará o Governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo”.

Desde os incêndios de domingo, que causaram 41 mortos, por duas vezes o primeiro-ministro, António Costa, manifestou a sua confiança política em Constança Urbana de Sousa.

As quatro vezes que a Ministra chorou