Afinal, a gordura subcutânea faz bem. E é ao cérebro, diz estudo

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[Fotografia: Khaldoun Alkhalid/Pexels]

A chegada do tempo das festas é sempre ocasião para ingerir mais calorias e cometer um ou outro excesso, mas, afinal, há gramas que se ganham que não fazem assim tão mal.

Segundo um estudo recente publicado na revista Diabetes, da Associação norte-americana da doença, as mulheres que têm mais gordura nas ancas, nádegas ou mesmo na parte de trás dos braços estão mais protegidas contra a inflamação do cérebro, responsável por doenças como demência, derrames e, entre outros, esclerose múltipla.

Para chegarem a estas conclusões, os investigadores analisaram a localização e o aumento da quantidade de tecido adiposo em ratos de laboratório machos e fêmeas, estudaram também níveis hormonais sexuais e inflamação cerebral. Enquanto os homens tendem a acumular gordura ao redor dos órgãos da cavidade abdominal, as mulheres geralmente desenvolvem-na nos membros inferiores e superiores, sob a pele. Esta é, segundo eles, “uma razão fundamental para a proteção contra a inflamação caso das fêmeas e que ocorre antes da menopausa”. Depois desta fase, a tendência para acumular gordura assemelha-se aos processos naturais dos ratos machos.

A investigação estudou os casos em que foi eliminada, por lipoaspiração, a gordura subcutânea, tentando perceber o passo seguinte, e as notícias não são assim tão boas para a saúde. Uma vez eliminada a gordura subcutânea, os ratos fêmeas que retomaram uma dieta rica em gordura ganharam mais gordura visceral, também chamada de adiposidade visceral, conhecida por ser mais inflamatória e, portanto, com risco de doenças cerebrais como demência ou derrame.

Os que foram sujeitos à remoção de gordura subcutânea mas depois sujeitos a dietas com baixo teor de gordura desenvolveram também gordura visceral, mas sem que essa provocasse aumento da inflamação cerebral.