Alexandaria Ocasio-Cortez foi vítima de abusos sexuais

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“Sou sobrevivente de abusos sexuais”. Esta foi a frase da congressista norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez, 31 anos, no testemunho que fez na noite de segunda-feira, 1 de fevereiro, no Instagram, quando recordava a invasão do Capitólio, que teve lugar a 6 de janeiro.

Reviver este episódio foi sequência do trauma que viveu na célebre tomada por cidadãos daquele edifício público norte-americano e que, pelo stress, angústia e medo, foi gatilho suficiente para recordar os episódios duros do passado. “Essas pessoas a dizerem-nos para seguirmos em frente, que não é tão importante, que devemos esquecer o que aconteceu – estas são as mesmas táticas utilizadas por abusadores”, explicou.

 

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Num testemunho de mais uma hora e num tom franco, a congressista explicou como um episódio traumático pode levar a desenterrar outros. Tudo porque Alexandria recordou o momento em que, a 6 de janeiro, se escondeu na casa de banho do escritório onde trabalha e enquanto ouvia um homem a gritar por ela, durante a invasão. “Quando passamos por traumas, os traumas agravam-se uns aos outros”, explicou. “Pensei que ia morrer”, confessou. “Percebi imediatamente que não devia ter ido à casa de banho. Deveria ter ido ao armário”, afirmou. “Depois ouvi que quem quer que estivesse a tentar entrar, tinha entrado no meu escritório. Percebi que era tarde demais”, afirmou.

Um incidente que se deu depois de ter regressado da inoculação da vacina de covid-19 e que descreve no mesmo vídeo em que condena o ex-presidente dos Estados Unidos da América por ter incitado aos tumultos. Um testemunho no qual condena ainda os membros da administração republicana de não terem invocado a 25.ª emenda para o retirar o ex-chefe de Estado do cargo e critica os legisladores que votaram no sentido de anular os resultados eleitorais, quando Trump alegava ilegalidades.