Alunos chumbam menos no secundário. Elas lideram no ensino geral, eles no profissional

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Mais de sete em cada dez raparigas concluiu o ensino secundário nos cursos científico-humanísticos no tempo esperado, ou seja, em três anos letivos. Um processo que é, por isso, feito sem chumbos nem abandono escolar.

Esta análise decorre do estudo elaborado pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) e analisa a taxa de conclusão do Secundário – na vertente mais geral e também na profissional – em 2019/2020. A investigação nota que 17% das alunas não concluíram o último ciclo de ensino antes do superior no intervalo de tempo esperado. Olhando para os rapazes, 65% cumprem o ensino secundário, que é obrigatório, em três anos e dois em cada dez estudantes não o faz em apenas três anos (20%).

Mas se se olhar para os dados dos cursos profissionais, em igual período, a incidência de género inverte-se. Aqui, a taxa de sucesso em três anos está mais nas mãos dos rapazes, com sete em cada dez a fazê-lo nesse período (71%) face a 61% das raparigas. Do outro lado desta análise, 22 % das alunas acaba por levar mais tempo a dar por findo este ciclo face a 17% dos alunos.

Segundo comunicado emitido pelo Ministério da Educação e citando os estudos Situação após 3 anos dos alunos que ingressam em cursos científico-humanísticos e em cursos profissionais, o Ensino Secundário parece demonstrar que há menos chumbos e menos abandono escolar. “Há um aumento significativo dos alunos que concluem o ensino secundário em tempo esperado, isto é, que o completam em três anos, sem retenções”. Se agora a análise aponta para 69% dos alunos com taxa de êxito, tal compara com 55% em 2014/2015.

“Os alunos que iniciam o secundário no grupo etário normal – com 15 anos – têm melhores resultados, o que mais uma vez indicia que a retenção e consequente atraso na idade de desenvolvimento dos estudos não revela eficácia comprovada”, refere ainda o mesmo comunicado.