O espetáculo “Amar Amália”, que em fevereiro encheu o Altice Arena para assinalar os 20 anos da morte de Amália Rodrigues, vai repetir-se mais três vezes até ao final do ano. O primeiro concerto está marcado para 5 de outubro, no Altice Arena, em Lisboa. Segue-se o Multiusos de Guimarães a 8 de novembro e o antigo Pavilhão Rosa Mota a 16 de novembro no Porto.
Já confirmados estão Dulce Pontes, Simone de Oliveira, Paulo de Carvalho, Marco Rodrigues, Amor Electro, Aurea, Jorge Palma e Cuca Roseta. Durante a conferência de imprensa de apresentação destes novos espetáculos “Amar Amália”, esta quarta-feira na Casa de Amália Rodrigues, Vicente Rodrigues, o novo presidente da Fundação Amália Rodrigues, sublinhou a importância destes eventos para a sobrevivência da organização que a fadista fundou para ajudar os mais desfavorecidos.
“Esta fundação foi criada em vida pela dona Amália para ajudar pessoas desfavorecidas. É isso que está no testamento e é isso que temos de fazer. Nos últimos anos a fundação não tem cumprido essa missão porque sempre deu prejuízo. Um dos nossos grandes objetivos é pôr a fundação a dar lucro. Queremos continuar a dar grande visibilidade ao nome de Amália porque é um vulto incontornável da nossa história, da nossa língua e da nossa cultura, no país e em muitos cantos do mundo”, explicou Vicente Rodrigues.
Simone de Oliveira, que não conseguiu participar no concerto de fevereiro por motivos de saúde, vai agora integrar estes novos espetáculos. Hoje, na casa de Amália Rodrigues, recordou alguns dos momentos que partilhou com a fadista, incluindo as vezes em que ensaiou a “Desfolhada” entre aquelas quatro paredes.
“Conheci bastante bem a Amália, subi muitas vezes aquelas escadas e jantei muitas vezes lá em cima. Nunca a vi beber. Era uma mulher fascinante, diabolicamente inteligente e que levava a água ao seu moinho. Estou convencida de que, naquela altura em Portugal, nenhum fado passava para a boca de alguém sem passar aqui primeiro”, recordou Simone de Oliveira.
Apesar de os três eventos serem uma homenagem a Amália Rodrigues, Jorge Veloso, o mentor do projeto, quis ter no cartaz músicos que não são nem seus contemporâneos nem fadistas.
“Queremos chegar a nomes como Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira e Dulce Pontes, que foi muito conhecida no início da sua carreira por cantar temas de Amália, mas chegar também a nomes que ainda não estão na história mas vão ficar para a história, como a Marisa Liz e o Marco Rodrigues”, acrescentou Jorge Veloso.
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“A morte da Amália deixou um espaço aberto para aparecer alguém, e apareci eu”