Amesterdão: primeira mulher presidente admite acabar com montras da Red Light District

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[Fotografia: Reuters]

O debate público começa já para a semana, mas a proposta já é conhecida. A presidente da câmara de Amesterdão, Femke Halsema, a primeira mulher no cargo e antiga líder de Os Verdes, quer combater o tráfico humano e as condições a que estão sujeitas as prostitutas Red Light District, o célebre bairro do centro de Amesterdão, que chega a receber mais de 31 mil visitantes semanais.

“O tráfico de seres humanos ocorre na parte mais bonita e antiga da nossa cidade”, afirmou a autarca ao jornal holandês Het Parool, citado pelo Diário de Notícias. “Ao longo de centenas de anos, surgiram situações que não são aceitáveis.”

“Durante muito tempo, houve um sentimento de marinheiros sobre o Red Light District porque, após meses de navegação, queriam encontrar uma holandesa ‘robusta’. A situação agora é diferente. As mulheres são predominantemente estrangeiras, muitas das quais não sabemos como vieram parar aqui, e são ridicularizadas e fotografadas”, considerou Halsema.

#Prostituição: um debate que está só a começar

Esta é uma nova medida que, a ser aprovada, reforça as opções de proteção das mulheres na prostituição. Em abril do ano passado, foram aplicadas medidas a grupos de turistas em grupos, que deveriam virar costas às mais de 300 montras quando estavam no âmbito de visitas guiadas e durante as explicações de guias. Foi ainda estabelecido um limite de horário para visitas: a 23:00 horas.

Imagem de destaque: Shutterstock

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