Anabela Neves e Constança Cunha e Sá vão voltar à TV pela TVI24

Entrevista a Anabela Neves
Lisboa, 17/06/2014 - Entrevista com a jornalista da SIC Anabela Neves na Assembleia da Republica. ( Jorge Amaral / Global Imagens )

Uma das mais antigas jornalistas parlamentares, Anabela Neves, está de regresso à televisão, mas ao canal concorrente de onde saiu. Um come back não como jornalista – como foi durante 27 anos e até 2020 na SIC e SIC Notícias -, mas na pele de comentadora. Quem também está de volta à antena, e em função homóloga, é Constança Cunha e Sá, que há cerca de um ano saiu dos canais da Media Capital por “uma questão de dignidade, saúde mental e higiene”. Em março de 2020, recorde-se, a jornalista e antiga responsável do canal escrevia nas redes sociais que “nunca acabaria a vida profissional a trabalhar para a Cofina. Lamento.”

“A Anabela não deixou de ser jornalista, ela é uma das que tem maior conhecimento da política, do pais, dos corredores do poder, era a jornalista parlamentar mais antiga do pais”, explica Anselmo Crespo, O diretor de Informação da estação de Queluz de Baixo explica que o processo foi relativamente simples. “Explicamos o projeto, ela pensou e aceitou. Achou que fazia sentido. A Anabela Neves é uma figura televisiva, é uma pena não estar na TV, por isso lembramo-nos de a convidar”, acrescenta o responsável.

( Jorge Amaral / Global Imagens )

A jornalista e professora universitária regressa à antena de segunda a sexta-feira, das 16 às 18 horas, e não estará sozinha. “No formato Os Quatro, estará com a jornalista Ana Sofia Cardoso e os comentadores Filipe Santos Costa e Pedro Santos Guerreiro”, antecipa Anselmo Crespo, calendarizando todas estas estreias para sexta-feira, 26 de fevereiro.

O formato, revela ainda, pretende “explicar, contextualizar, enquadrar a atualidade”. “Queremos notícias, mas queremos ir pelo valor que acrescentado, criar espírito crítico”, acrescenta.

E se Neves volta à TV com lugar fixo, diário, Constança surgirá como uma das comentadoras chamadas à antena sempre que necessário, mas sem a mesma regularidade.

A jornalista regressa à antena, quando Mário Ferreira consegue, em fim de janeiro, a “não oposição” dos três reguladores – Autoridade da Concorrência (AdC), a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e a Anacom – à Oferta Pública de Aquisição sobre a Media Capital, passo importante no contexto de conflito entre o detentor da Pluris e Paulo Fernandes, dono da empresa que detém o Correio da Manhã. “Ela vai fazer comentário político e integra o naipe de analistas que já estão como a TVI 24 como, por exemplo, Paulo Ferreira”, explica Anselmo Crespo. Mudanças em tempo de aniversário, sem volume de investimento revelado e que conta, até ao momento, com sobejamente mais contratações masculinas do que femininas.

Leia mais em DN.pt