Mulher mais poderosa do mundo começa hoje a arrumar as malas

Angela Merkel RT_ Kai Plaffenbach
Angela Merkel [Fotografia: Kai Plaffenbach/Reuters]

A liderança da CDU alemã vai esta sexta-feira, 7 de dezembro, a votos. E com o anúncio da não recandidatura da chanceler Angela Merkel à frente do seu partido, é também hoje que é considerado o início da despedida daquela que foi considerada a mulher mais poderosa do mundo. Um título que lhe foi entregue este ano pela revista Forbes e ao longo dos últimos sete consecutivos.

Um adeus que deixa para trás 18 anos à frente da estrutura partidária e 13 como chanceler alemã, um cargo no qual ainda se vai manter por uns tempos, embora Merkel tenha já referido que não se irá candidatar às eleições de 2021.

Os delegados ao congresso da União Democrata Cristã (CDU) escolhem, em Hamburgo, o novo líder do partido, com dois candidatos na frente da corrida. Doze elementos do partido disponibilizaram-se a entrar na corrida à liderança da CDU, mas há três que se destacaram como possíveis sucessores de Angela Merkel: Annegret Kramp-Karrenbauer, apelidada de “Mini-Merkel“, Friedrich Merz, a quem muitos chamam “Anti-Merkel” e Jens Spahn, atual ministro da Saúde.

Quem é Annegret, a escolhida de Angela Merkel

De acordo com as últimas sondagens, a secretária-geral do partido, Kramp-Karrenbauer, e o advogado e empresário Merz são os dois favoritos. Em declarações à Lusa, o sociólogo e politólogo Óscar Gabriel, considera que “os dois têm praticamente as mesmas hipóteses de ser escolhidos como novo líder do partido e candidato a chanceler em 2021″.

O professor da Universidade de Estugarda lembra que é a primeira vez, desde 1970, que os delegados da CDU vão escolher entre um número tão elevado de candidatos. “A ala conservadora do partido claramente apoia Merz, enquanto a fação liberal parece ser a favor de AKK, e ambos os lados estão distribuídos praticamente de uma forma igual. Se isso se vai refletir nas escolhas dos delegados, é difícil dizer”, revela Oscar Gabriel.

Segundo o politólogo e sociólogo alemão, “os dois candidatos diferem claramente na sua personalidade, nas suas competências, nas ideologias e na relação com as linhas defendidas por Merkel.

Imagem de destaque: Kai Plaffenbach/Reuters

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