Angolanas vão ter acesso a exames primários ao cancro da mama

cancro da mama

As angolanas mais carenciadas vão passar a ter acesso a exames primários e complementares de diagnóstico do cancro da mama, doença que registou só no primeiro semestre deste ano registou 115 novos casos.

Um acordo entre a Fundação Mulher contra o Cancro e o Hospital Geral de Luanda, assinado este mês, prevê que uma equipa multidisciplinar, integrada por médicos de clínica geral, saúde pública, ginecologistas, fisioterapeutas, psicólogos, radiologistas e cirurgiões, garantam assistência a esse grupo de mulheres.

Em 2016, o Instituto Angolano de Controlo do Cancro registou quase 248 casos de cancro da mama.

Segundo a médica oncologista do Instituto Angolano de Controlo do Cancro, Albertina Manaças, os dados referentes ao primeiro semestre não refletem a realidade da situação, porque existe apenas um hospital público especializado para atender as 18 províncias de Angola.

“Muitas pacientes ficam pelo meio do caminho, por dificuldade em chegar ao nosso hospital e, às vezes, nas outras unidades hospitalares chegam já até a falecer”, disse a médica, que classificou como “elevados e assustadores”, a quantidade de casos que chegam diariamente ao hospital.


Leia os testemunhos de mulheres que sobreviveram ao cancro da mama.


Em 2016, o Instituto Angolano de Controlo do Cancro registou quase 248 casos de cancro da mama.

Com este acordo, a equipa de técnicos, integrada igualmente por um grupo de voluntário, que vão proceder ao registo de mulheres que procurem a fundação.

“Toda esta equipa está disponível para, em conjunto com a fundação, trabalhar para um bem comum: a prevenção do cancro da mama”, lê-se numa nota da Fundação Mulher contra o Cancro da Mama, distribuído à imprensa.