Antónia e Ohlana, mãe e filha, protestam e ‘preparam’ terceiro camião de ajuda para a Ucrânia

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[Fotografia: DR]

A mãe tem 39 anos, a filha tem 19. Antónia empunha um cartaz a associar Putin a Hitler, Ohlana pede o fim da Guerra. A primeira lembra que “os protestos não são contra os russos, que estão a ser enganados pelo governo, mas contra Putin, que está a fazer isto”, a segunda pede ajuda, solidariedade de todos.

Juntas, empunhavam cartazes de protesto contra a invasão russa da Ucrânia e a partir de Leiria.

Ohlana, de 19 anos, pede o fim à Guerra. A jovem veio ter com a mãe há quatro anos
[Fotografia: DR]

Na vigília da noite de domingo, 27 de fevereiro, Antónia e Ohlana protestaram, pediram ajuda e agradeceram a que já receberam, tal como já tinha sucedido nessa tarde. A par da comunidade de Pombal, começou a ser preparado o “terceiro camião de ajuda humanitária” que há de seguir para a fronteira da Polónia com a Ucrânia, como os primeiros dois.

Antónia, 39 anos, há sete a viver em Portgal
Antónia, 39 anos, há sete a viver em Portugal, empunha, atrás na imagem, um cartaz contra Putin [Fotografia: DR]

“Queremos agradecer a ajuda que os portugueses nos têm dado e estão a dar, com alimentos, medicamentos, bens que já estão a seguir para a Ucrânia. Esta semana ha de ir um terceiro que já começou a ser preparado”, diz Antónia.

A mãe trabalha numa fábrica e está em Portugal há sete anos. Com as saudades e alguma melhoria de vida, trouxe a filha Ohlana para território português, há cerca de quatro, estudando já cá e à procura de uma vida diferente. Voltar não era uma certeza no horizonte, mas a eclosão do conflito arredou ainda mais quaisquer expectativas neste sentido.

Por cá, os pedidos de ajuda multiplicam-se, sejam locais com bens que hão de seguir até à fronteira com a Polónia, sejam com apoio de dinheiro através de transferências a entidades internacionais, mas também sejam com pedidos de atenção na hora de tomar decisões simples como ir ao supermercado e não comprar bens importados da Rússia.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, apelou às associações e grupos da sociedade civil para que se juntem a esta plataforma. Um pedido feito na manifestação da tarde de domingo, 27 de fevereiro, e que pretende coordenar da melhor forma possível toda a ajuda.

O funcionamento da plataforma Ucrânia-Portugal será divulgada em breve nos sites e nas redes sociais da Asdsociação. Porém, tal como o caso de Antónia e Ohlana e a comunidade de Pombal, já estão em marcha recolhas numa onda de solidariedade que pode conhecer ao detalhe e participar. Veja como