António Costa: A dança das gravatas e o governo “com todas e para todas e todos os portugueses”

Costa
[Fotografia: Montagem]

A gravata verde com a qual começou por pedir maioria absoluta e que usou durante a campanha foi arrumada dias antes de sufrágio.

Este domingo, 30 de janeiro, em manhã de eleições, António Costa surgiu já em camisa, casaco e máscara de proteção contra a covid-19 em tons de azul. Mas 12 horas depois, o outfit voltava a mudar: com a assunção da vitória feita com gravata e máscara a vermelho.

Num discurso em que assumiu a maioria absoluta, quando somava ainda 112 deputados socialistas, Costa antecipou uma nova legislatura com “117 a 118 deputados” – antes de contados os votos dos portugueses no estrangeiro -, garantiu que irá “governar com todas e para todas e todos os portugueses”.

O dirigente socialista e futuro indicado primeiro-ministro refere que “maioria absoluta não é poder absoluto”, que quer “reconciliar os portugueses com as maiorias absolutas” e recusa falar com o Chega, que somava 11 deputados eleitos.

Numa legislatura que será um pouco mais longa do que quatro anos, porque as eleições decorreram em início de ano, é possível que a nova composição parlamentar permaneça por quatro anos e meio.

A última maioria absoluta aconteceu em 2005, com José Sócrates. Nesse sufrágio, foram somados 121 deputados socialistas, resultado de 2 milhões 589 mil e 900 votos. Agora, e com os consulados por contabilizar, PS conta com 117 deputados e com 2 milhões 246 mil e 483 votos, uma diferença de 343 mil.