O primeiro-ministro António Costa esteve esta quarta-feira, 1 de abril, no programa de Cristina Ferreira, na SIC, e antecipa tempos duros. O governante considerou que abril será “mês mais difícil”, sobretudo porque se trata de um mês de viagens por via da Páscoa, de reencontro de famílias, de dias mais longos e de algum cansaço após duas semanas de confinamento.
“Este é o mês mais difícil, porque é quando as pessoas vão começar a sentir os efeitos” de uma economia a abrandar, referiu Costa, pedindo disciplina: “É muito importante a disciplina neste mês, especialmente na Páscoa.”
“Vamos ter de viver a Páscoa este ano de uma forma radicalmente diferente. As pessoas não podem ir à terra”, justifica.
O chefe de Governo admitiu, mediante a renovação do Estado de Emergência por mais 15 dias e para lá de quinta-feira, 2 de abril, regras mais mais apertadas.
Com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa a prorrogar este período de exceção, o executivo irá adotar “medidas mais claras para que as pessoas percebam que não podem andar a circular na Páscoa”. “Vamos ver o que a lei vai dizer, mas vamos ter de apertar um bocadinho, para ficar um sinal mais claro de que não é mesmo época para andar de um lado para o outro”, afirmou.
Quanto ao futuro e dada incerteza do fim da pandemia, António Costa declarou, n’ O Programa da Cristina, que todos “vamos sair mais pobres e mais frágeis, do ponto de vista económico”. “Vamos ter de fazer um enorme esforço para relançar a nossa economia. Temos de fazer um esforço para que empresas não fechem e que os empregos não desapareçam”, disse.
