Ao sabor da brisa

É a altura do ano para a tirar da sala e dar-lhe lugar de destaque no jardim ou na varanda. Ainda não tem uma? Não faz mal, o Delas fez-lhe o trabalho de campo e traz-lhe os melhores 22 modelos no mercado, alguns deles acabados de estrear nas feiras de mobiliário desta primavera.

É uma peça que se destaca na história do design porque ao contrário de quase todas as outras, como mesas, armários ou cadeiras ‘normais’, esta não foi levada para a América pelos colonizadores, mas sim criada do lado de lá do oceano e trazida para a Europa logo no primeiro quartel do século XVIII.

Mas foi um alemão que fez delas verdadeiras obras de arte: Michael Thonet integrou em 1860 os ‘patins’ das cadeiras de balouço na estrutura geral da cadeira, usando, à altura, a novíssima técnica de dobrar a madeira humedecida para lhe quebrar a resistência e curvá-la como plasticina, conferindo-lhe a graça da linha contínua, curva e natural tão típica da emergente Arte Nova, à época. Graças a este desenho inovador a marca Thonet é ainda hoje uma referência no desenho de mobiliário e as visitas ao arquivo do desenho da marca são constantes por parte dos seus designers, bem como as reedições do seu histórico.

Uma cadeira de balouço é a antítese do que se quer numa peça de mobiliário, estabilidade e segurança; é o nosso carrossel privado, que quanto mais móvel, melhor. Dizem alguns académicos que o seu doce balanço acalma o utilizador, pois lembra o embalo de colo que nos dava a mãe quando éramos bebés, e que mesmo parada, devido à posição ‘incerta’, obriga o sentado a buscar o seu centro de gravidade encontrando a posição e o ângulo corretos, reduzindo o stress.

Para além do evidente uso de alpendre, com limonada ou qualquer outra bebida mais ‘divertida’, são ótimas para embalar um bebé e fazê-lo adormecer; o único risco é adormecer também.