APAV ajudou quase uma centena de mulheres por semana em 2018

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O perfil feminino da vítima que, em 2018, pediu ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) mantém-se inalterado nas suas caraterísticas, mas o número de casos não para de aumentar.

Têm sido – e voltam a ser – sobretudo as mulheres os elos mais frágeis: têm cerca de 41 anos, com uma relação conjugal com o autor do crime, casadas ou solteiras, com filhos, com formação secundária e superior e empregadas quem mais está no foco da violência, segundo as estatísticas da APAV divulgadas esta terça-feira, 26 de março, e e em vésperas de ser apresentado o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2018.

Quanto ao aumento de casos: a APAV revela ter ajudado, semanalmente, 99 mulheres adultas, mais três em média do que em 2017. A violência doméstica continua a ser a forma de agressão mais reportada, com 74,1% dos casos totais registados a liderarem a tabela (quase sete mil num total de 9344 casos). “Destacam-se ainda, por tipo de crime, crimes de violência sexual, nomeadamente o abuso sexual de crianças (348 crimes), o stalking/perseguição (470 crimes) e o cibercrime (41 crimes)”, refere o comunicado de imprensa.

Segundo a mesma nota enviada às redações, a entidade nota que, “de 2017 para 2018, se verifica um crescimento de 1,8 % no número de vítimas apoiadas pela APAV (de 9.176 em 2017 para 9.344 vítimas em 2018) e um pequeno decréscimo no número de crimes e outras formas de violência reportados (de 21.161 em 2017 para 20.589 em 2018)”,

Dados globais, a associação escreve, no relatório anual e que pode consultar na íntegra aqui, em apenas um ano, um aumento de cerca de seis mil atendimentos face a 2017 (46371 face a pouco mais de 40 mil, respetivamente).

[Em atualização]

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