APAV desmente TVI em reportagem sobre violência doméstica

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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) emitiu, esta sexta-feira, 22 de março, um comunicado desmentido uma reportagem emitida na TVI e TVI24, no espaço de informação da jornalista Ana Leal, e que denunciava o facto de mãe e filha terem sido vítimas de violência doméstica durante mais de duas décadas e por parte de um agente do PSP.

O mesmo trabalho da autoria de Sara Bento, emitido esta quinta-feira, 21 de março, reportava ainda que tinha sido pedida ajuda por parte das vítimas sem que estas tivessem sido ouvidas pelas instituições que prestam auxílio. Entre elas, a APAV, por alegadamente ter promovido encontros de conciliação entre vítimas e agressor. “Quando denunciei, a própria APAV deixou-o ir à casa-abrigo”, escreveu a TVI, citando a vítima ouvida para este trabalho jornalístico.

Ao Delas.pt a entidade diz não prestar mais esclarecimentos para lá dos que estão constantes o comunicado divulgado esta tarde e no qual é afirmado que “o programa exibido transmite uma imagem não condizente com aquilo que deve ser um verdadeiro jornalismo de investigação”, lê-se.

No que diz respeito aos factos elencados na reportagem, a associação garante que “o centro de acolhimento referido nesta reportagem, para o qual a APAV encaminhou a vítima em questão no ano 2000 (e que é, erroneamente, mencionado como “Casa de Abrigo”) nunca foi uma estrutura gerida pela APAV”.

A entidade escreve mesmo que “não fez no caso concreto abordado (em 2000, altura em que prestou apoio à vítima em questão), nunca fez, não faz e não fará qualquer tipo de tentativa de reconciliação entre vítima e agressor/a”, lê-se na nota publicada no site da instituição, na qual é reiterado que a “missão é prestar apoio aos cidadãos e cidadãs vítimas de crime, a ação da APAV destina-se exclusivamente a proteger e promover os direitos e os interesses destes/as, pelo que tal prática não faz, nem nunca poderia fazer, parte do modelo de intervenção da Associação”.

CB

Imagem de destaque: DR

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