Tudo começou após o verão do ano passado, quando enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia paralisaram blocos de parto por todo o país, reivindicando o pagamento do seu trabalho específico e pelo qual não eram remunerados.
Agora, cerca de centena de profissionais apresenta-se, a partir deste sábado, 3 de março, como associação legalmente constituída com os propósitos de defender os direitos dos profissionais da área e da saúde da mulher, bem como promover a formação e também lutar pelas boas práticas na área da saúde materna, através da valorização destes especialistas.
Segundo o presidente da Associação Movimento Nacional de Enfermeiros Especialistas de Saúde Materna e Obstétrica, Bruno Reis, esta nova entidade mantém-se a acompanhar o trabalho de negociação dos sindicatos com o Governo sobre a remuneração dos enfermeiros especialistas, indicando ainda que, caso seja necessário, se tornarão “tão interventivos ou mais” do que foram no verão.
O Governo comprometeu-se, entretanto, com o pagamento de um subsídio de 150 euros, com retroativos a 1 de janeiro, a todos os enfermeiros especialistas. O ministro da Saúde disse esta semana no Parlamento que o diploma que institui este subsídio deveria sair em breve.
A cerimónia de apresentação público da Associação Movimento Nacional de Enfermeiros Especialistas de Saúde Materna e Obstétrica decorre este sábado à tarde, no Porto.
CB com Lusa
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