Apresentadora e cuidadora: Sílvia Alberto fala sobre doença de Alzheimer da mãe

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Fotografia: Instagram Sílvia Alberto

“Há pessoas que convivem com Alzheimer galopante e perdem os seus entes queridos num curto espaço de tempo e há pessoas, como nós, que tivemos a possibilidade de dar à minha mãe dez anos muito felizes com ligeiras alterações de memória (…) fizemos o melhor que podíamos como filhas”, confessou a apresentadora Sílvia Alberto a Júlia Pinheiro, na SIC.

Depois de a progenitora da comunicadora da RTP1 ter sido diagnosticada com Alzheimer, há mais de 15 anos, Sílvia Alberto e a sua irmã tornaram-se as cuidadoras de Emília.

“Tenho uma irmã extraordinária, uma mulher fantástica, aliás a razão pela qual o Pedro tem uma irmã que se chama Emília, como a minha mãe, foi em homenagem”, acrescentou Sílvia Alberto.

“É justamente porque prezo muito ter uma irmã e prezo nos bons momentos e nos momentos mais difíceis em que só ela é que me compreende… então tem sido um braço muito importante, quando uma de nós vai abaixo e se fragiliza, a outra está lá para levantar”.

A notícia da doença da mãe chegou quando a comunicadora tinha 25 anos e a irmã 30, algo “muito penoso” para ambas, admitiu Sílvia Alberto.

No entanto, Sílvia Alberto revelou que nos últimos cinco anos “houve uma degradação substancial” e que “a covid-19 não ajudou nada”.

Mas se Sílvia Alberto falou da sua história pessoal, esta luta é parte integrante de uma realidade bem mais vasta em Portugal. Num dos mais abrangentes estudos publicados sobre os cuidadores informais, de 2016, o trabalho feito por pessoas com familiares doentes a cargo, em casa, valia mais de 82 milhões de euros por semana.