Aproveite a quarentena para arrumar o armário: 9 dicas essenciais

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Rafaela Garcez é personal organizer e foi das primeiras portuguesas a viver em Lisboa a ser certificada pela Marie Kondo. Quer aproveitar a quarentena para arrumar a fundo o seu armário e livrar-se de tudo aquilo que não interessa? A especialista falou com o Delas.pt e reuniu 9 dicas essenciais para o feito.

“É tempo de parar, adaptar e refletir, mas também, uma excelente oportunidade para expressarmos gratidão pela casa que nos acolhe e finalmente organizá-la
com o carinho que ela merece. Tomarmos esta decisão é uma forma de trazer paz e calma ao nosso espaço, como também à nossa cabeça e corpo”, explica desde logo a especialista em organização.

E que tal começar por arrumar o armário da roupa? Rafaela Garcez dá todas as dicas de que precisa, desde arranjar inspiração a definir um plano de ação. Ora veja:

1. Inspire-se

Antes de começar, é o momento certo para procurar inspirações online, em revistas, nas redes sociais – onde quiser. Escolha as tendências de estilo e moda que mais gosta e tenha atenção aos pormenores de organização dos armários. Depois, é só aplicar no seu. Geralmente, os armários que nos inspiram não estão atulhados de tralha e desorganizados, certo?

2. Definir objetivos

Como qualquer decisão na vida, precisamos de definir o objetivo final ou o caminho a seguir, caso contrário, qualquer um serve. No que respeita ao nosso armário e às roupas que temos, não é diferente. É fundamental que defina como se quer vestir, que peças gosta mais e como quer que o seu armário esteja organizado. Esta definição de objetivo vai ajudar bastante durante o processo, quando surgirem dúvidas do que deve manter ou deve antes ‘deixar ir’.

3. Definir um plano de ação

Comprometa-se a terminar esta tarefa. Qual é a disponibilidade que tem para
arrumar o seu armário? Defina os dias e horas que vai estar a organizar e quando é que terminará o projeto. Isto vai ajudar a que mantenha a motivação e a ter a tarefa concluída, para que se sinta bem consigo própria.

4. A pilha

Como a Marie Kondo sugere, faça uma pilha de roupa com tudo aquilo que tem e mantém nos seus armários, gavetas e bengaleiros. É importante agrupar tudo, para que tenha real noção do que acumula. Este exercício vai ajudá-la a perceber que, talvez, não precise de todas aquelas roupas. Veremos!

5. Seleção da roupa

Com o monte de roupas à sua frente, pegue individualmente em cada peça e
coloque as seguintes questões:

– Usa?
– Há quanto tempo tem?
– Quantas vezes usa ou usou?
– Se fosse hoje, voltaria a comprar?
– Traz o melhor de si? Sente-se confiante ao usá-la?
– Está em condições de uso? È confortável?
– Se precisa de arranjo, tem tempo e disponibilidade para o fazer?

À medida que for decidindo, pode fazer 3 grupos de peças (ou mais). ‘Manter’, ‘doar’ e ‘arranjar’ são os mais comuns. Se algumas peças não conseguir decidir
imediatamente, faça um ‘grupo das indecisões’. No final da seleção, volte a esse
grupo e compare com as que ficaram e que lhe trazem alegria. Decida se são para manter ou não.

6. Sapatos

O processo é o mesmo da roupa. Coloque as questões que colocou anteriormente e decida quais manter e quais deixar ir. Para organizar, existem organizadores de sapatos, caixas, sapateiras e prateleiras para o efeito. Faça uma pesquisa rápida daquilo que pode funcionar melhor no seu espaço. Um truque para ganhar mais espaço é colocá-los com posições alternadas. Se tiver pouco espaço, coloque à vista, em espaço útil e funcional, os sapatos da estação presente, e os que não estão em uso, guarde numa caixa num local menos utilizado. Depois, faça a troca quando sentir necessidade.

7. Categorizar

A regra de ouro é acessibilidade, visibilidade e respeito pelos peças. Pode
organizar por categorias, cores ou materiais. O que funcionar melhor para si.
Visualmente, por cores resulta muito bem, e por categorias, costuma ser mais
intuitivo, mas depende de pessoa para pessoa. Se tiver mais gavetas do que varões, opte por dobrar a maioria das peças e pendurar as que não podem
ser dobradas – camisas, tecidos leves, vestidos, fatos e todas as que amarrotem.

8. Caixas e manutenção

As caixas são as nossas melhores amigas quando o assunto é organização. Seja
dentro das gavetas ou nas prateleiras – a funcionar como “gavetas” – escolha caixas com formatos rectangulares, para que as peças fiquem organizadas e seja mais fácil manter. Recomendo a dobra utilizada no método KonMari, onde as peças ficam todas na vertical. Para mantermos a organização, é necessário fazer seleções regularmente (mudança da estação, por exemplo) e no dia-a-dia, fazendo pequenos ajustes para manter a organização inicial.

9. Deixar ir

Existem apenas duas razões que nos fazem manter peças que já não usamos no
nosso armário. O apego ao passado – “fui tão feliz com esta camisa” – ou o
receio do futuro – “posso vir a precisar” – ou seja, existe um lado sentimental com algumas roupas que não conseguimos deixar ir. Seja honesta consigo em relação à razão pela qual quer ou não manter uma peça. Escolha as que são realmente especiais e que recordem uma boa experiência numa caixa como recordação. Todas as outras, deixe ir e agradeça o papel positivo que tiveram na sua vida. Esta é uma forma de demonstrar gratidão e que a vai ajudar no processo de desapego.