E se as máscaras usadas em radioterapia forem transformadas em arte? Sabrina Lacerda, de 56 anos e natural de São Paulo, no Brasil, decidiu fazer isso mesmo como forma de evocar a superação e um novo ressurgir para a vida.
A artista deu um novo uso às máscaras de radioterapia, feitas com termoplástico, que usou para debelar as doenças, deu-lhes um novo significado artística e apelidou a coleção de Luz Que Transcende, que está em exposição numa galeria da cidade.
Sabrina Lacerda enfrentou o primeiro diagnóstico de cancro em 2008, quando foi identificado um tumor na mama. Para o debelar, a artista teve de se sujeitar a tratamentos de quimo, radio e imunoterapia, bem com cirurgia. Seis anos depois, voltava a confrontar-se com a doença, mas agora no pulmão. Novamente seis anos depois, foi-lhe dito que tinha cancro no cérebro, tendo sido sujeita a imune radioterapia.
“Fiz questão de submeter os materiais [máscaras] a processos de limpeza e elevação energética. Para isso, utilizei práticas próximas à natureza, envolvendo os quatro elementos, além de cristais, ervas e meditação – os mesmos recursos que me apoiaram na cura, equilíbrio e bem-estar. O meu objetivo era garantir que a ‘energia’ das máscaras fosse completamente transformada, tornando-se um registo de positivismo e renovação”, revelou Sabrina Lacerda em declarações na imprensa.
