As artesãs de Ruanda que fazem a mala favorita de Katie Holmes

72300213_150888246299058_3418270822531290294_n(1)

Courtney Weinblatt e Erin Ryder são os fundadores da marca Cesta Collective, que está sediada em Ruanda, um país da África Ocidental, e que garante aos seus trabalhadores salários justos e formação adequada na área de tecelagem. A marca produz, especialmente, pequenas malas em formato de cesta que são uma das paixões da atriz Katie Holmes.

“Mais de 1400 tecelãs são treinados para fazer as nossas cestas. São elas que sustentam a economia das suas casas”, afirmam os fundadores à revista feminina S Moda. Estas pequenas sacolas são feitas com tecido produzido em África e de materiais sustentáveis.

Katie Holmes foi vista recentemente com a filha a passear por Nova Iorque, onde não deixou de lado a sua mala desta coleção, como pode ver abaixo:

https://www.instagram.com/p/CBXpY5jnEr5/

A marca Cesta Collective ainda tem a maioria das suas malas em pré compra, mas saiba desde já que exporta para todo o mundo, incluindo Portugal. A marca nasceu em 2018 e rapidamente se tornou na opção de caras famosas como Katie Holmes, Dianna Agron ou Claire Foy.

Estes pequenos cestos redondos são feitos à mão e são inspirados numa tradição de Ruanda onde este tipo de bolsas, bastante típicas, é utilizado para entregar um presente de casamento. E, acima de tudo, é uma marca que pensa na moda como uma solução e não como um problema ao ambiente.

“Acreditamos que sempre que alguém faz uma compra na nossa marca, está também a votar no tipo de mundo em que deseja viver. Quando decidimos criar a nossa empresa, fomos claros que era importante fazer a diferença, tanto ambientalmente quanto na vida das mulheres. Queremos construir uma empresa de moda que faça parte da solução, em vez de aumentar o problema”, explica Courtney Weinblatt.

[Imagem: Cesta Collective]

Mas, afinal, como começou todo este negócio? Os dois fundadores conheceram uma mulher durante um retiro espiritual, que foi a responsável por, posteriormente, encontrar a comunidade de artesãos de Ruanda responsável por fazer as suas malas.

“Apaixonamo-nos não apenas pela estética do tecido de sisal do país, mas também pelo fato de que em Ruanda a tecelagem é uma indústria dirigida por mulheres. É um tipo de ritual transmitido de mães para filhas e uma parte muito importante da sua economia. Num país que ainda está a ser reconstruído após o genocídio, o artesanato feminino desempenha um papel fundamental”, explicam os responsáveis pela marca.

[Imagem: Cesta Collective]

Estas cestas têm o selo de “Artesanato Ético”, que certifica que os artesãos recebem um salário justo pelo trabalho manual que realizam.

“São elas que definem o preço do produto, por cesta, com base na quantidade de tempo e energia que usaram para a conceberem de acordo com o seu design. As nossas trabalhadoras têm uma opinião no processo e recebem salários que lhes permitem apoiar as suas famílias e economizar para o futuro”, esclarecem os responsáveis da marca à revista S Moda.

Cada pequena mala dura entre três e sete dias a ser feita, dependendo da complexidade do design.