A cestaria é uma tradição bem portuguesa, existindo quem domine esta arte de norte a sul do país. Mas se antigamente as cestas de verga eram usadas sobretudo na agricultura e no comércio, com um fim utilitário, hoje são usadas pela moda com uma finalidade sobretudo estética.
Se há uns anos durante as vindimas, alguém dissesse que aquelas cestas gigantes usadas para carregar as uvas iriam ser moda em todo o mundo, ninguém acreditava mas foi isso mesmo que aconteceu. A cestaria portuguesa conquistou fãs em todo o globo e tem feito aparições constantes no mundo digital pela mão de influencers de todo lado.
Desde as pequenas cestas redondas e resistentes, inspiradas pela cestaria agrícola, às cestas mais maleáveis e coloridas com duas asas, tantas vezes usadas para transportar o farnel para o campo, foram muitos os modelos criados por várias marcas de moda. Uma grande parte das marcas continua a respeitar o processo tradicional de produção destas cestas, recorrendo a artesões locais para a sua produção, é o caso da marca espanhola Heimat Atlantica e da portuguesa The Birkin Basket, criado pela apresentadora Helena Coelho.
Estas cestas vieram para ficar e até já chegaram às marcas de grande consumo como a Zara, que tem um modelo muito similar aos feitos manualmente em Portugal, mas com um processo de fabrico menos artesanal. Uma tendência que levou para a ribalta um artigo tradicionalmente português (apesar de existir produção de cestaria em vários países) e a que devemos aderir todas – é quase uma questão de orgulho nacional. Sempre que possível devemos privilegiar a cestaria que respeita o artesanato, porque estamos a contribuir para a longevidade de uma tradição, cujo fim já foi várias vezes anunciado, mas também porque é muito mais sustentável.
Veja na galeria algumas das marcas que estão a levar as cestaria além mar.
Imagem de destaque: Facebook Heimat Atlantica
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