As mulheres são melhores condutoras do que os homens

As mulheres são melhores condutoras do que os homens
As mulheres são melhores condutoras do que os homens

As mulheres tendem, de um modo geral, a ser “melhores condutoras do que os homens, ou, pelo menos, mais cumpridoras das regras da estrada, correndo menor risco de se envolverem num acidente”. Esta é uma das conclusões a que chega um estudo da Deco sobre os maiores riscos tomados pelos portugueses nas estradas.

São os homens que cometem, em média, as maiores infrações – sendo que os mais jovens ultrapassam mais os limites de velocidade e os mais velhos são mais vezes apanhados a conduzir sob o efeito do álcool.


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O inquérito da Deco sobre os hábitos de condução, que será publicado na edição de quinta-feira da revista Proteste, revela mais dados alarmantes. Dos 1053 condutores que responderam ao questionário, entre maio e junho de 2015, 60% admitem acelerar com o semáforo amarelo, 43% excedam os 70 km/h numa estrada limitada a uma velocidade máxima de 50 km/h e 40% circulam acima dos 140 km/h nas autoestradas.

No que toca ao uso do telemóvel, 29% utilizam-no sem sistema de mãos livres durante a condução e 13% chegam mesmo a enviar mensagens. “Alguém que esteja a conduzir na autoestrada, a 120 km/h, e olhe para o telemóvel durante três segundos, estará a percorrer o correspondente a um campo de futebol sem estar com atenção à estrada”, compara o tenente-coronel Lourenço da Silva, chefe da Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária.

Segundo o artigo da Deco, um condutor que utilize o telemóvel sem mãos-livres ou que envie uma SMS corre um risco 83% superior de estar envolvido num acidente face a quem não tenha este tipo de comportamentos de risco e proibidos. Esta é aliás a maior ameaça a segurança de condução. Em segundo lugar, estão as distrações, que potenciam em 39% o risco de acidente. Seguindo-se, com menos um ponto percentual, a condução sob efeito de bebidas alcoólicas.

Depois de beberem “um copo a mais”, 12% dos inquiridos admitem pegar no carro. E mais são aqueles que conduzem cansados: 46%. Já 11% ignoram os peões na passadeira.