9 coisas que mais irritam uma nadadora-salvadora

Cheila, 25 anos, e Catarina, 20, são nadadoras-salvadoras em praias distintas do país: uma da zona oeste e outra da margem sul. Ambas admitem ao Delas.pt adorar o que fazem, mas, ao mesmo tempo, também partilham de angústias e incompreensões comuns: desrespeito e descredibilização pelo fato de banho que orgulhosamente vestem são duas delas.

Mas a lista do que mais irrita estas profissionais é muito mais vasta. Desde piropos a fingimentos de afogamento, estas são algumas das peripécias graves – e até puníveis por lei – que, em tom de desabafo, ambas revelam ao Delas.pt.

Se tiveres que salvar um homem, consegues com ele?” ou “hoje a praia está segura, posso-me afogar à vontade” são algumas das frases que, conta Catarina, já ouviu nos últimos anos em que tem estado a vigiar praias.

“Sim, por vezes sinto-me discriminada“, revela a nadadora-salvadora que trabalha num dos areais da Caparica. “Acho que as pessoas ainda não estão muito habituadas. Muitas vezes perguntam-me se sou ou não capaz de salvar um homem”, refere Catarina. Ambas reiteram que ainda há preconceito na profissão. Ouvir coisas como “ah, estão ali a receber imenso dinheiro para estarem a apanhar banhos de sol” é algo ainda comum, confidenciam.

” Muitas vezes perguntam-me se sou ou não capaz de salvar um homem”, refere Catarina

Ainda assim, tanto Catarina como Cheila admitem adorar a profissão e notam que, em 2018, sentiram um crescimento na adesão de mulheres aos cursos de nadadora. “Se calhar, há uns três anos éramos só umas três ou quatro. Agora, talvez sejamos seis raparigas para dez rapazes, o que é bastante positivo“, referiram.

Trabalho na praia? Este é o longo caderno de encargos

Ser nadadora-salvadora é, porém, muito mais do que apenas salvar alguém de um possível afogamento. Cheila Estrela vai mais além e desfia o longo caderno de encargos de um profissional desta atividade. “Somos nós que estamos lá para desinfetar um ferimento, aliviar a dor de uma picada de peixe-aranha, levar uma criança à agua porque a mãe tem medo, dar a mão a uma idosa que quer molhar as pernas – porque faz bem às doenças – mas tem medo de se embrulhar numa onda, ou até correr a praia inteira à procura dos pais de uma criança perdida”, enumera.

Confira a fotogaleria a cima e descubra quais as coisas que mais irritam as nadadoras salvadoras. Será que já fez alguns destes comportamentos?

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