As regras de beleza exigentes das equipas olímpicas de ginástica

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2016 Rio Olympics - Artistic Gymnastics - Preliminary - Women's Qualification - Subdivisions - Rio Olympic Arena - Rio de Janeiro, Brazil - 07/08/2016. Marine Brevet (FRA) of France competes on the balance beam during the women's qualifications. REUTERS/Dylan Martinez FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. - RTSLOWM

Na ginástica, quando as melhores das melhores se defrontam nos Jogos Olímpicos, o custo da vitória pode estar nos detalhes e, no que diz respeito à avaliação das ginastas, esta pode sofrer sanções ainda antes das atletas pisarem fora das linhas.

A ginástica rítmica, caracterizada pelo desenvolvimento da harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, é praticada a nível de competição apenas por mulheres.

Se já assistiu a este desporto certamente contemplou o típico desfile de tranças justas, coques e rabos-de-cavalo. Isto porque é obrigatório neste desporto o cabelo estar afastado da face para que este não obstrua a visibilidade no caso de uma aterragem menos bem conseguida. Embora não haja um limite definido de ganchos ou elásticos de cabelo, é também de conhecimento comum que as ginastas devem ter uma aparência bastante cuidada.

Nos regulamentos oficiais das equipas de ginástica vigoram regras que oscilam entre a aparência e a precaução, embora algumas sejam apenas uma questão de gosto: O uso de mais do que um simples par de brincos pode ser considerado um perigo e uma anca mais destapada é um risco. Mas pior que isso? O vislumbre acidental da roupa interior, o que faz com que muitas atletas a descartem totalmente.

Tendo em conta que espargatas e cambalhotas muitas das vezes potenciam esses mesmos acidentes que, se acontecerem, devem ser ignorados pela atleta até ao fim da rotina uma vez que ao resolver o problema publicamente (para além de ser indiscreto), pode retirar até meio ponto à sua pontuação.

Também uma manicura mais ousada é considerada distração suficiente para retirar a atenção dos jurados de um duplo mortal perfeito, tornando-se num risco de beleza potencialmente caro.

Para além do caráter físico, as ginastas devem sobretudo mostrar autocontrolo e calma no caso de uma queda ou até mesmo de ferimento – uma orientação, em teoria, um tanto abstrata, e que, certamente, nunca testemunhou na prática.

Assim, as ginastas não são apenas mulheres que conseguem executar movimentos que parecem desafiar as regras da gravidade, mas que mantêm rotinas de beleza que poucas de nós conseguiriam levar a cabo no dia-a-dia de trabalho.