Antigo médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos da América, Larry Nassar, de 54 anos, foi condenado a uma pena de 40 até 175 anos de prisão na sequência de abusos sexuais que perpetrou junto de 156 jovens ginastas. Entre as vítimas está a multimedalhada Simone Biles.
Durante a leitura da sentença, a juíza Rosemarie Aqualina declarou mesmo: “Acabei de assinar a sua certidão de óbito. Vai estar na escuridão para o resto da vida.”
Uma punição exemplar que a magistrada justifica. “Sou uma juíza que acredita na vida e na reabilitação quando esta é possível. Tenho vários réus que voltam aqui e mostram-me excelentes coisas que fizeram com as suas vidas depois de lhes ter sido concedida a liberdade condicional. Mas não creio que tal seja possível no seu caso“, afirmou a Nassar.
Durante sete longos dias, as vítimas sobreviventes testemunharam contra o antigo médico e, com isso, confrontaram o seu agressor em tribunal. Testemunhos duros que a juíza fez questão que fossem ouvidos, independentemente do facto de, à data, Nassar já se ter dado por culpado de, apenas, uma dezena de acusações de agressão sexual. Um crime perpetrado sob a capa de tratamentos médicos.
Formado na Universidade de Michigan em 1985, Nassar juntou-se à equipa médica da ginástica nacional dos EUA, em Indianápolis,um ano mais tarde. Já em 1997, começou a trabalhar como médico na Universidade do Michigan, onde parte dos abusos começaram a ter lugar. Nassar acompanhou a comitiva em quatro Jogos Olímpicos.
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