Um caso que está a chocar os Estados Unidos da América e o mundo. A atriz Blake Lively, de 37 anos, processou o ator e realizador Justin Baldoni, 40, com quem contracenou no filme Isto Acaba Aqui, por assédio sexual.
Uma sucessão de episódios trazidos à luz na acusação, pela mão do New York Times, e na qual a atriz e a sua equipa de advogados acusam Baldoni de linguagem inapropriada e assédio sexual durante a produção do filme, exibição de vídeos e imagens explícitas de outras mulheres, gabando-se das suas conquistas sexuais, partilha da sua adição em pornografia e comentário do peso de Blake Lively, deixando-a desconfortável.
A mesma acusação coloca Lively a acusar Baldoni e a sua equipa – que contou a com a contratação da relações públicas de crise, Melissa Nathan, que defendeu o ator Johny Depp nas acusações de Amber Heard por violência doméstica – de orquestrarem preventivamente uma campanha de difamação, de denegrirem ostensiva e propositadamente a imagem dela, com sequelas na sua vida pessoal e profissional.
Esta segunda-feira 23 de dezembro, a atriz quebrou o silêncio após ter sido revelada a queixa e, em resposta por escrito à CNN norte-americana, afirmou esperar que “a ação legal [que interpôs] ajude a desvendar as táticas de retaliação sinistras para prejudicar pessoas e ajude a proteger outras que podem ser alvos”.
Neste embate que agora se vai travar judicialmente, Lively conta com nomes de peso da indústria a apoia-la nesta batalha. A mais recente aliada, a amiga Taylor Swift, é a uma das que está do lado da atriz contra o realizador de It Ends With Us e está alegadamente a oferece-lhe “apoio e aconselhamento”. “Taylor está surpreendida com as revelações em torno de Blake Lively e está a encorajá-la a investigar o caso”, declarou fonte próxima da estrela da música ao jornal Daily Mail. Um apoio não tão público como o de America Ferrera, mas de alguém que já travou uma longa luta na justiça contra o assédio e a ganhou em agosto de 2017.
Num comunicado emitido este domingo, 22 de dezembro, America Ferrera, Amber Tamblyn e Alexis Bledel revelaram-se publicamente e na rede social Instagram “solidárias” com Blake Lively. “Como amigas e irmãs de Blake há mais de 20 anos, estamos solidárias com ela nesta luta contra a campanha noticiada para destruir a sua reputação”, lê-se no post que dá conta do comunicado conjunto.
Amber Heard veio apoiar Lively esta segunda-feira, 23 de dezembro, e falou da equipa que Baldoni contratou para cuidar da reputação dele: “Vi isto de perto e sei que é algo destrutivo e horrível”, afirmou em entrevista à NBC. ”As redes sociais são a personificação da expressão ‘uma mentira viaja por meio mundo antes que a verdade consiga calçar os sapatos’, acrescentou.
Também a autora do livro que serviu de base ao filme em questão veio defender Lively. Colleen Hoover, de 45 anos, falou da pessoa “honesta, gentil, solidária e paciente”. “Obrigada por seres exatamente o ser humano que és. Nunca mudes, nunca murches”, escreveu, fazendo mesmo referência à personagem interpretada por Lively, Lily Bloom, uma mulher de 36 anos que sonha ser florista.
Sabe-se agora que as gravações do filme decorreram subordinadas a um conjunto de exigências feitas pela atriz ao ator e realizador e que foram aceites pela Sony Picture. Uma listagem que definida temas que Justin Baldoni não podia abordar nas rodagens, no tempo necessário de beijos e interações íntimas bem como a presença de um coordenador íntimo nas cenas de sexo.
Uma lista, o Daily Mail fala em três dezenas de requisitos, que não evitou problemas durante as gravações, na orientação dada à história em torno da violência doméstica e na promoção do filme, culminando agora neste processo judicial.