Malala Yousafzai, 24 anos, casou-se numa cerimónia islâmica em Birmingham, no Reino Unido. O momento, partilhado no Instagram e no Twitter na terça, 9 de novembro, pela própria ativista paquistanesa e Nobel da Paz mostra detalhes da união. “Hoje marca um preciso dia na minha vida. Asser e eu casámo-nos para sermos parceiros para o resto da vida. Estamos entusiasmados por caminharmos juntos para a jornada que temos pela frente”.
Detalhando, Malala revelou que se tratou de “uma pequena cerimónia nikkab com a família”, que implica um consentimento dos próprios noivos e indica um primeiro passo para um casamento islâmico vinculativo. Segundo o site norte-americano Hollywood Reporter, o casal terá começado a namorar em 2019, mantendo a relação sempre na esfera privada.
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A decisão da paquistanesa causou surpresa sobretudo pela posição pública que tinha já tomado relativamente ao casamento. Em julho, numa entrevista à revista Vogue, a mais jovem prémio Nobel da Paz – recebido em 2014 e quanto Malala tinha 17 anos – afirmava: “Se se quer ter uma pessoa na vida, porque é que se tem de assinar papéis? Porque é que não pode ser apenas uma parceria?”, indagou na altura. Quatro meses depois dizia o ‘sim’ a Asser Malik.
O companheiro de Malala é formado em Economia e Ciência Política e trabalha, segundo avança o diário indiano Hindustan Times, na indústria do desporto, com enfoque no críquete. Segundo o perfil profissional de LinkedIn, Malik é diretor-Geral da Direção do Criquete paquistanês. No seu percurso, conta com passagens por marcas da indústria alimentar como Coca Cola e FrieslandCampina.
Malala foi, aos 15 anos, baleada na cabeça por um militante talibã que invadiu um autocarro escolar. Um episódio trágico que teve lugar no vale do noroeste de Swat e quando a jovem defendia os direitos à educação por parte das raparigas. A ativista paquistanesa conseguiu recuperar dos ferimentos que quase lhe tiraram a vida, e, uma vez recuperada, fugiu com a família e mudou-se para o Reino Unido, Birmingham, cidade onde agora se casou.
Tornou-se depois uma ativista das direitos humanos, tendo ingressado na Universidade de Oxford para estudar Filosofia, Política e Economia. Recentemente, aliou-se à plataforma de streaming Apple TV + para produzir documentários ao abrigo de um contrato que assinou. Prossegue com o seu trabalho com o intuito de melhorar o acesso das jovens meninas à educação.