Ausências, estreias e regressos no arranque da Semana da Moda de Nova Iorque

A Semana de Moda de Nova Iorque já arrancou e as tendências para o outono-inverno 2019/2020 começam a ganhar forma nas passerelles. A partir desta quinta-feira, o destaque vai para as coleções femininas e o desfile inaugural, a cargo de Ralph Lauren.

Entre as apresentações que marcaram os primeiros desfiles e o que se espera até ao final do evento, há a registar algumas ausências de peso, mas também há estreias, regressos e mudanças no calendário naquele que é um dos certames de moda mais aguardados do ano.

Quem se ausentou

Começamos pelas ausências. Ao contrário das edições anteriores, a Calvin Klein não vai estar presente nesta edição, devido à saída de Raf Simons da direção criativa da marca. Quem também se junta às ausências é Tommy Hilfiger, Victoria Beckam, Escada e Rodarte, que elegem outras cidades para dar a conhecer ao público as suas propostas para a próxima temporada fria.

Quem se estreou

Mas se se notam algumas ausências, como as referidas acima, há também novidades a destacar e talento novo que se estreia na fashion week da Big Apple. A No Sesso, marca oriunda Los Angeles, liderada pela dupla Peter Davis e Arin Hayes, fez o seu lançamento no dia 3. É também a primeira vez que uma criadora transgénero, Peter Davis, aparece no calendário da semana de moda nova-iorquina.

Também a África do Sul vai ter o seu lugar de destaque, através da coleção “Perene” de Lukhanyo Mdingi. Numa entrevista ao Conselho de Designers de Moda da América (CFDA), o designer de prêt-à-porter masculino explica que as peças são inspiradas no caminho que a marca tem vindo a fazer ao longo dos anos. Para além destes dois nomes, juntam-se às estreias Dyne, Tanaka, Dear Miler e Chan Chit.

Quem regressou

Após um hiato considerável, Helmut Lang regressa a Nova Iorque com Alix Browne como “editor-in-residence” e com Mark Howard Thomas, o novo diretor da linha masculina. Palomo Spain estreou-se na Semana da Moda de Nova Iorque em 2017. Este ano, voltou com uma coleção inspirada na grandiosidade do passado e na liberdade do movimento.

O que mudou

A indústria da moda está mais inclusiva. E a Semana da Moda de Nova Iorque também. Steven Kolb, presidente da CFDA, pediu aos responsáveis pela organização dos desfiles para “promoverem a diversidade e inclusão, dentro e fora das passereles.” Mas o pedido não se ficou apenas por aqui. De forma a garantir o bem-estar dos mais jovens, Steven Kolb pediu às casas de moda para não recrutarem modelos com idade inferior aos 18 anos. Uma medida que está a ser implementada desde a semana de moda de setembro do ano passado.

A Semana de Moda de Nova Iorque termina no próximo dia 15 de fevereiro com o desfile de Marc Jacobs.

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