Falta menos de um mês para o início das aulas e há mais de 230 escolas que vão começar a dar início a uma nova forma de ensinar, com currículos, com disciplinas e com horários flexíveis (saiba tudo sobre este projeto-piloto aqui).
Até ao momento e ouvida a Confederação de Associações de Pais (Confap), ainda nada de específico foi comunicado pelas escolas. “Ainda não foi dada uma cabal informação às famílias cujos filhos estão nessas turmas que vão integrar o projeto-piloto da flexibilização curricular. Creio que só quando começar o ano letivo é que será feito esse esclarecimento”, refere Jorge Ascenção ao Delas.pt.
Apesar de encarar esta “transição com tranquilidade e oportunidade para criar novos métodos de trabalho, ensino e para promover a diferenciação na qualidade das aprendizagens”, o presidente da entidade considera que é importante estar atento e deixa algumas recomendações nesse sentido.
“Vai exigir maior esforço da parte de todos para que o projeto corra pelo melhor – e temos boas expectativas – e possa ser alargado a toda a escolaridade”, pede Ascenção.
Avaliação: o desafio seguinte
Isto porque a justiça na avaliação aplicada aos novos modelos, mas também aos de sempre é, agora, o principal eixo por explicar.
“A avaliação é a nossa principal preocupação”, atira o responsável da Confap.
“Creio que todos este processo vai influir apenas na avaliação interna. Em vez de se cingir à realização de testes escritos – e percebemos que esse modelo é o que traz mais evidência clara na aferição de conhecimento dos alunos – estamos a tentar perceber potencialidades do modelo: as competências, a interdisciplinaridade e os projetos avaliados”, refere o presidente da Confap.
Consulte a lista e veja se a escola do seu filho é uma das que vai aderir ao projeto-piloto
Jorge Ascenção crê que é “preciso tentar perceber como vai ser feita esta análise entre todos os alunos, e perceber quais os instrumentos que servirão de base“.
“Modelo tem tudo para correr bem”
A convicção de que o modelo vai ser bem sucedido é do presidente da Confap. Porém, Ascenção deixa um alerta: “Não devemos promover esta flexibilização para depois aumentar o número de horas de determinadas disciplinas – Português ou Matemática -, não podemos cair no mesmo erro“.
E lembra que o ideal é “promover outro tipo de competências” e, quem sabe, “integrar umas disciplinas noutras” para poder dar curso ao programa pedagógico anual. Ou seja, o objetivo é encontrar novos caminhos para a formação.