Não é só o chocolate que vê o seu preço disparar em tempo de época natalícia, a par do aumento de cabaz de alimentos. O azeite prossegue na sua escalada de custo para o consumidor, com o Natal a arriscar acelerar ainda mais a subida do preço. A análise parte da Casa do Azeite, entidade que perspetiva um “aumento significativo” do consumo na época natalícia e consequentes ajustamentos no preço ao longo da campanha, ressalvando que há muitos fatores que podem influenciar esta evolução.
“Esperamos que este ano o consumo de azeite aumente significativamente nesta época, entre o consumo à mesa de Natal […] e os presentes que oferecemos àqueles de quem mais gostamos”, afirmou, em resposta à Lusa, a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.
Já o preço deverá sofrer “um ajustamento” ao longo da campanha, embora este seja condicionado por diversos fatores, como, desde logo, a oferta e a procura. As vendas totais dos associados da Casa do Azeite, entre janeiro e setembro, tiveram uma quebra de 15%, relativamente ao ano anterior. Já as exportações totais de azeite, entre janeiro e setembro, subiram cerca de 17% em volume (dados do Eurostat).
Espanha e Itália mantêm-se como os principais mercados de destino. O Brasil é o principal destino dos azeites embalados de Portugal. A quota de mercado dos azeites portugueses no Brasil é de cerca de 60%.
De acordo com a Casa do Azeite, associação patronal de direito privado, o clima foi “bastante mais favorável” para esta campanha da azeitona do que na anterior. Estima-se assim um aumento da produção entre 15% e 20% para valores que podem atingir as 180 mil toneladas de azeite.
com Lusa