Bárbara Branco: “Tenho tido oportunidades que a maior parte das pessoas da minha idade não tem”

Bárbara Branco começou a entrar nas casas dos portugueses em 2016, através da telenovela da TVI A Impostora, onde dava vida a Guta, uma jovem lutadora que acabou por abandonar os estudos para se dedicar à música e correr atrás do sonho de ser uma cantora de sucesso.

Na vida real a história é bem diferente. A jovem de 19 anos percebeu que queria ser atriz no início da adolescência e, desde então, não parou de investir na formação para ser cada vez melhor a fazer aquilo de que mais gosta. A dedicação e o perfecionismo notam-se dentro e fora de palco. Talvez por isso tenha somado tantos projetos em teatro e televisão nos últimos anos, permitindo-lhe a grande projeção mediática que tem atualmente (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ver as fotografias que Bárbara Branco tirou para esta entrevista).

Ao Delas.pt, algumas horas antes de uma das últimas sessões da peça Romeu e Julieta, que esteve em exibição no Teatro da Trindade entre 17 de abril e 9 de junho, a atriz falou do percurso de sucesso, do desafio que tem sido participar em programa de talentos como o Dança com as Estrelas e A Tua cara não me é Estranha – venceu a gala do último domingo a imitar os HMB e a Carminho numa só atuação – e de como concilia, com o namorado e também ator José Condessa, a vida pessoal e profissional.

De onde surgiu o seu gosto pela representação?

Comecei a ir para o teatro com a minha avó paterna que fazia teatro de revista lá onde ela mora, na igreja. Lembro-me de gostar de ir com ela, à noite, ver as peças, os ensaios e tudo isso, até que surgiu a oportunidade de saltar para o palco, que na altura não era um palco, era a igreja lá do sítio. Decidi fazer de anjinho e foi a primeira vez que fiz teatro na vida, por causa da minha avó paterna.

Em que fase da vida é que decidiu que queria seguir representação?

Mais tarde, com 11 ou 12 anos, comecei a inscrever-me em cursos de teatro completos, com dança e canto. Lembro-me que na altura até tive o FF como professor e foi espetacular. Ia fazendo esses cursos ao fim de semana e, no final, tínhamos sempre um espetáculo de que gostava muito. Nesses cursos conheci vários professores com quem ainda hoje me dou pessoalmente e profissionalmente, nomeadamente o FF e o Raimundo Cosme, que na altura tinha uma companhia de teatro chamada Plataforma 285. Surgiu o convite para integrar uma peça, porque eles precisavam de uma jovem mais ou menos da minha idade, e foi aí que me estreei profissionalmente, com 13 anos. Na altura estava no 9º ano, nos Salesianos de Manique. Foi a partir daí que comecei a levar as coisas um bocadinho mais a sério, também porque comecei a trabalhar enquanto estudava. Com 14 anos surgiu a oportunidade de entrar na Escola Profissional de Teatro de Cascais e, a partir daí, é que soube que queria mesmo ser atriz e que as coisas foram acontecendo um bocadinho mais a sério.

Em Portugal, a Escola Profissional de Teatro de Cascais é essencial para quem quer ser ator?

Sim, pelo menos para mim foi. Qualquer tipo de formação na área é importante na carreira de um ator. É o mesmo que ser médico, uma pessoa não pode entrar numa sala de operações e começar a operar sem saber o que está a fazer. Precisamos dessa técnica e dessa formação.

Desde a telenovela A Impostora que tem sido presença assídua nas produções da TVI, em novelas e programas de talentos. E só tem 19 anos. Como é que tudo isto foi surgindo?

Na verdade não sei bem como é que as coisas têm surgido, mas felizmente tem acontecido e tenho tido oportunidades que, infelizmente, a maior parte das pessoas da minha idade, saídas de cursos de teatro, cursos profissionais e conservatório, não têm. Sei que as coisas têm corrido bem, os projetos surgem e tento agarrá-los com todas as forças que tenho. Provavelmente é isso que faz com que outros projetos venham e atraia também outro tipo de trabalhos. Tem sido um bocadinho por aí.

A dedicação e empenho que põe em cada um dos projetos é fundamental e o seu público percebe isso?

Sim, mas não falando só de mim e da minha profissão, acho que em todo o tipo de trabalhos é um bocadinho assim, saltamos à vista pela forma como encaramos o nosso trabalho. Se somos dedicados, empenhados, temos interesse e até somos bons no que fazemos, mais tarde ou mais cedo vamos ser reconhecidos. Felizmente é o que tem acontecido comigo também.

“Preciso do palco. Parece uma necessidade física, é muito estranho.”

Recentemente esteve nomeada para o prémio de Melhor Atriz pela Sociedade Portuguesa de Autores, ao lado de nomes como Beatriz Batarda e Ana Cris. Foi uma nomeação inesperada?

Foi mesmo. Fui nomeada pela peça As you like it/Como Vos Aprouver, de Shakespeare, em que fiz pela primeira vez de protagonista, foi uma tripla prendinha para mim e, como é óbvio, também uma grande responsabilidade para não baixar a fasquia.

Participou também no programa da TVI Dança com as Estrelas, em que foi uma das maiores revelações. Já tinha dançado antes?

Houve uma altura da minha vida em que tive aulas de hip hop, mas depois não dava para conciliar porque estava na escola e a trabalhar ao mesmo tempo. Tinha de deixar alguma coisa cair e na altura foram as aulas de hip hop. Naqueles cursos em que andei, por exemplo, davam-nos algumas noções. Claro que não eram aulas de dança como tivemos oportunidade de ter com os nossos bailarinos. Foi a única formação que tive.

Então foi um grande desafio.

Sem dúvida e acho que foi para todos. O Dança com as Estrelas é mesmo daqueles programas em que há pouca gente que tem noção do trabalho que dá, sobretudo aos bailarinos, não estou só a falar de concorrentes. O meu bailarino [Renato Nobre] e a bailarina do José Condessa [Ana Cardoso] são par de competição de dança. A nossa semana terminava ao domingo, quando tínhamos a gala, mas se na semana a seguir continuássemos em competição tínhamos de ensaiar o próximo estilo de dança e os nossos bailarinos, à segunda-feira, não tinham folga e juntavam-se para coreografar, fazer as coreografias para os dois pares. Terça-feira, quando eu e o Zé chegássemos às aulas de dança, os nossos bailarinos já tinham estado, no dia anterior, a preparar a coreografia toda. Não é só chegar ao domingo e fazer. São muitas horas de ensaio, a dançar, a falhar e é muito difícil psicológica e fisicamente porque passamos muitas horas a fazer exercício. Agora, olhando para trás, posso admitir que foi mesmo das melhores experiências da minha vida e das mais divertidas. É muito, muito bom.

A música também tem sido uma constante na sua vida. Primeiro na telenovela A Impostora, onde interpretava uma personagem que cantava, e agora n’A Tua Cara não me é Estranha. A música foi algo em que investiu ao longo da formação ou um talento que foi descobrindo?

Sempre foi uma coisa que gostei de fazer, mas nunca estudei e trabalhei o canto como devia. Agora consigo ver que é uma ferramenta mesmo muito importante, ou seja, sempre gostei muito de cantar mas não faço ideia do que estou a fazer quando canto, não sei que notas estou a cantar e não sei como se respira bem. É um bocadinho estranho porque há coisas que consigo fazer, mas não sei como as faço. Com o programa A Tua Cara não me é Estranha obriguei-me a ter aulas de canto e a explorar um bocadinho também a formação nessa área. É mesmo muito importante e nós, atores, temos de ser cada vez mais polivalentes, fazer de tudo um pouco. Há imensos musicais a serem produzidos, os atores também têm de corresponder nesse aspeto e se é algo que gosto de fazer, como pessoa e como atriz, tenho obrigação de explorar e me formar nesse sentido também.

Vê a música como complemento da sua carreira como atriz e não como outro caminho que possa seguir à parte, como investir numa carreira musical, por exemplo.

Não tenho sequer estofo para investir numa carreira musical, mas é algo de que gosto de fazer. Sinto-me na obrigação de me formar nesse aspeto porque é uma capacidade e gosto que tenho. Faz todo o sentido por isso.

Bárbara Branco

N’A Tua Cara não me é Estranha tem de conjugar canto, dança e representação. Qual é o rescaldo que faz destas primeiras semanas de programa?

Este programa é um bocadinho diferente do Dança com as Estrelas no sentido em que no Dança passávamos o dia inteiro a trabalhar com um bailarino que estava lá exclusivamente para dançar connosco e trabalhar só naquela atuação. Neste programa temos de trabalhar muito mais connosco próprios, ou seja, temos o apoio incondicional do CC [professor e coordenador musical] que tem sido incrível, nos ensina muitos truques e aciona os gatilhos para podermos chegar ao auge da atuação, mas é um trabalho muito nosso só. É uma questão de nos habituarmos. Na primeira semana estava mesmo com muito medo, ao ponto de, no sábado antes de fazer o Romeu e Julieta, aqui no Teatro da Trindade, estar em pânico, achava que não sabia a música e que o boneco não estava seguro. A verdade é que cheguei a domingo e a atuação em que fiz do Elton John correu bem. Não foi perfeito, mas correu bem e este programa também vive muito disso. Temos de criar esta habituação. De semana a semana temos um boneco novo, mas também temos tempo para
o agarrar. A chave deste programa é isso, termos calma, tempo para cada coisa e irmos ao pormenor. Pelo menos foi isso que aprendi nestas duas semanas.

Além de tudo isso também está aqui no Teatro da Trindade a fazer o Romeu e Julieta. Como tem sido conciliar tudo isto?

Falando só do Romeu e Julieta tem sido uma viagem bonita porque, enquanto elenco, chegámos a zonas muito bonitas da peça e a nível emocional também conquistámos metas muito boas. Ao mesmo tempo, com tudo junto, A Tua Cara não me é Estranha e a peça, tem sido muito cansativo. Não que a carga horária seja muita porque na verdade não é, faço a peça de quarta-feira a domingo e a gala é só aos domingos e temos dois ensaios por semana. O que é exigente é gerir as minhas próprias expectativas em relação àquilo que quero fazer, que sei que consigo fazer bem e gerir a disponibilidade emocional, que às vezes não é muita por ter dois projetos em mão que quero fazer muito bem e, ao mesmo tempo, são muito exigentes. Tem sido assim um misto de sentimentos, mas é muito bom e está a correr bem.

É muito exigente consigo própria.

Sou, às vezes sou demasiado exigente comigo. O A Tua Cara não me é Estranha vai ajudar-me nisso. Sou mesmo muito exigente e perfecionista a trabalhar, mas precisamente por não estar num programa em que estou na minha área de conforto, porque tenho de dançar e cantar, tenho de me obrigar a relaxar um bocadinho. Tenho de chegar lá e dar o meu melhor. Tenho conseguido acalmar o meu perfecionismo graças ao programa, felizmente.

Apesar de ter feito muita televisão ainda é no palco que se sente realmente em casa?

Sem qualquer dúvida. A televisão é uma coisa que adoro fazer, mas adoro mesmo, e gosto muito do ritmo a que temos de andar quando fazemos televisão, mas preciso do palco. Parece uma necessidade física, é muito estranho.

Este Romeu e Julieta é um clássico que já foi interpretado milhares de vezes. O que é que o vosso espetáculo traz de novo a esta história?

Mesmo que façam o Romeu e Julieta 300 mil vezes vai ser sempre diferente. Basta fazer com um elenco diferente e um encenador diferente para termos um ponto de vista diferente em relação à história. É inevitável que isso aconteça. O nosso contributo para esta peça de William Shakespeare é o facto de sermos um elenco muito jovem, é essa juventude, frescura e brincadeira que todos nós temos enquanto elenco que passamos também para a peça. Fazemos questão de passar, principalmente porque o João Mota, o próprio encenador, com a idade que tem [76 anos] – e ele não vai para novo -, é o primeiro a mandar-nos brincar. Estamos aqui e estamos realmente a divertir-nos. Trazemos essa frescura para a peça.

“Espero que o facto de eu e o Zé estarmos, felizmente, a ter uma fase com alguma projeção faça com que o pessoal mais novo que nos vê nesses programas e nas novelas acabe por sair de casa e vir ao teatro.”

O facto de ser um elenco tão jovem tem trazido também um público mais novo ao teatro?

Espero que sim. Espero que o facto de eu e o Zé termos estado no Dança com as Estrelas, de eu agora estar n’A Tua Cara não me é Estranha e de estarmos, felizmente, a ter uma fase com alguma projeção faça com que o pessoal mais novo que nos vê nesses programas e nas novelas acabe por sair de casa e vir ao teatro. Temos conseguido isso, é impressionante. Temos muita gente que nos vê na televisão, vem cá, faz questão de estar e falar connosco no fim da peça. Isso é bom, pelo menos faz-nos sentir muito bem.

Nesta peça há a particularidade de contracenar com o José Condessa, que faz de Romeu e é seu namorado. Como é que isto aconteceu?

Foi muito engraçado. Na altura não namorávamos, estávamos a trabalhar no Teatro Experimental de Cascais pela mão do Carlos Avilez, que é o mestre dos dois, foi a pessoa que nos formou e que nos agarrou para trabalharmos profissionalmente pela primeira vez. Fizemos quatro ou cinco peças seguidas no Teatro Experimental pela mão do Carlos e quando estávamos a fazer o Peter Pan recebemos um convite do Diogo Infante, que na altura já era diretor artístico do teatro. Disse-nos que queria fazer o Romeu e Julieta e gostava muito que fossemos os protagonistas. Ainda não namorávamos, não sabíamos sequer o que estava para acontecer no ano que tínhamos pela frente – isto foi há um ano e meio. Mais tarde acabámos por começar a namorar e cá estamos.

A relação ajudou-vos a preparar melhor estas personagens?

Ajudou-nos muito sermos namorados no sentido em que tivemos todo um lado de contacto físico que já temos naturalmente um com o outro. Se fossemos dois atores que não estivessem minimamente à vontade um com o outro ia ser muito mais difícil chegarmos a esse nível de conforto. Isso nós já temos, portanto dar beijinhos na peça e abraçar para nós é completamente tranquilo. Depois ajudou-nos também a confiança que temos como atores porque eu e o Zé ligamo-nos mesmo muito bem, já antes de sermos namorados isto acontecia. Profissionalmente damo-nos bem porque temos percursos e formas de ver a profissão muito parecidas, mas no palco funcionamos mesmo muito bem e compreendemo-nos. Esta peça vive muito disso, da relação destas duas personagens, que é inevitável que seja próxima porque é o Romeu e Julieta, mas que nós como atores também conseguimos impulsionar. Há muito mais do que um contacto físico, estas personagens estão ligadas energeticamente, como quiserem entender. Há uma relação muito forte entre elas que eu e o Zé também temos. Emprestámos-lhes isso. Por outro lado, as personagens têm de se conhecer na peça e começar uma relação do zero, porque eles não se conheciam, até ao ponto em que se apaixonam e, no fim, morrem. Eu e o Zé, todas as noites, temos de nos redescobrir e voltar a conhecer um ao outro, temos de fazer o trabalho inverso. Nessa parte não ajuda sermos namorados.

No Dança com as Estrelas, por exemplo, estavam no mesmo programa, a competir um contra o outro. Como costumam gerir todas estas emoções?

Nunca houve competição no programa. Todas as semanas chegávamos lá, fazíamos o nosso trabalho e mostrávamos o que tínhamos praticado durante a semana. Nestes programas não há mesmo competição e os grupos desenvolvem-se e tornam-se uma família por causa disso, porque estamos lá para nos apoiarmos uns aos outros. Eu e o Zé éramos também isso. Claro que somos namorados e só por isso já nos apoiamos muito um ao outro, mas no programa aconteceu exatamente a mesma coisa. Estávamos lá todos para nos apoiar e eu e o Zé não fomos exceção, como é óbvio.

Bárbara Branco e José Condessa em ‘Romeu e Julieta’

Esta projeção toda que tem tido nos projetos em que participa tem feito de si uma influenciadora digital. Como lida com esta influência que pode vir a ter nos mais novos?

É uma consequência inevitável. Para mim ser digital influencer nunca é um objetivo, é consequência do meu trabalho e daquilo que as pessoas veem que faço. Sendo assim, uma consequência, tudo bem. É estranho pensar que somos influencers e que, de facto, influenciamos alguém. Tendo que influenciar alguém, que seja uma consequência daquilo que faço através do meu trabalho, ou seja, o meu objetivo não é chegar à minha rede social e influenciar alguém por aquilo que sou ou pela vida que tenho. Quero influenciar pela positiva, mostrando que é isto que quero fazer na minha vida e, portanto, vou lutar e trabalhar pelos meus sonhos e por aquilo que quero conquistar. Se for nesse sentido sim, quero influenciar.

Para a sua geração de atores é importante ter uma presença forte nas redes sociais para conseguir alguns trabalhos?

É inevitável ter esse império digital e cada vez é mais fácil de consegui-lo, mas só consigo ver isso como uma consequência do trabalho, não consigo pensar ao contrário: “Tenho o meu império digital com os meus seguidores e, graças a isto, tenho trabalho como atriz.” No meu caso não tem sido assim e espero que nunca seja. Espero que seja sempre ao contrário: sou atriz, tenho o meu trabalho, a minha profissão e, como consequência disso, sou digital influencer.

No Instagram há dezenas de páginas de fãs dedicadas a si e ao José Condessa. Como lidam com isso, com o assédio dos admiradores?

Muitas páginas, imensas, meu Deus. Sentir o apoio das pessoas é das melhores coisas que as redes sociais nos vieram trazer porque, de facto, estamos muito mais ligados e as pessoas também têm oportunidade de nos conhecer um bocadinho melhor. Sentimos que as pessoas gostam de nós e nos apoiam. Essas contas de fãs são uma manifestação desse carinho que as pessoas têm por nós e só pode ser bom, não é? É reconhecimento e é maravilhoso termos a oportunidade de ter essa proximidade. Gabo a paciência e o tempo que essas pessoas perdem a fazer contas de fãs, a mandar mensagens e a divulgar o nosso trabalho, a mostrar apoio e que gostam de nós, que é o que eles fazem. Não teria paciência para fazer uma coisa assim.

Costumam responder? Que tipo de interação têm com os vossos fãs?

Vou ser sincera, nem sempre tenho tempo para ver e para responder a todos, mas como é óbvio tento, ao máximo, corresponder com aquilo que posso e da melhor forma que sei às pessoas que perdem realmente o seu tempo a mandar-nos mensagens e a publicar fotografias nossas, a divulgar o nosso trabalho.

Onde se vê daqui a 10 anos?

É engraçado porque não consigo pensar em objetivos concretos a longo prazo. Sei que gostava de continuar a fazer o que gosto, isso é o mais concreto que consigo arranjar, mas também gostava muito de ir para fora, talvez estudar ou trabalhar. É um dos meus objetivos a longo prazo, mas também não é muito concreto.

Já tem próximos projetos de que possa falar?

Vamos ter novidades de projetos em televisão, mas ainda não posso falar já. Podemos falar de teatro porque em setembro começam os ensaios da Lulu, de Frank Wedekind, no Teatro Experimental de Cascais, pela mão do Carlos Avilez. Vai ser o próximo desafio teatral, estou muito ansiosa e muito nervosa.

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