Barriga de Aluguer: Mais de uma dezena de casais portugueses com bebés na Ucrânia, diz associação

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[Fotografia: Anna Shvets/Pexels]

“Conhecemos alguns casos de de casais que deveriam ir buscar os bebés em abril ou maio e que, com o conflito, estão impedidos de os irem buscar à Ucrânia”. O testemunho é de Joana Freire, presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade ao Delas.pt e que estima em “16 os casais portugueses nesta circunstância, de acordo com o que nos foi dado a conhecer até ao momento”. Um número que admite poder estar calculado por defeito uma vez que Joana Freire fala apenas dos casos cuja informação lhe chega.

Joana Freire [Fotografia: Carlos Manuel Martins / Global Imagens]

A responsável refere que tem recebido pedidos informais de esclarecimento, de pais que “procuram saber como resolver esta situação”, que “tentam estar em contacto com as gestantes”, mas não há respostas. “Será que as gestantes poderiam vir para Portugal? Os bebés nasceriam cá, mas como se processaria tudo legalmente? A regulamentação da lei ainda não foi feita”. Perguntas e análises feitas pelos casais que procuram ajuda e às quais a Associação Portuguesa de Fertilidade também está a tentar responder.

Falamos de casais em que uma parte ou todo o material genético da procriação medicamente assistida pode ser dos pais, contando com a gestante para o processo de gravidez.

Recorde-se que a Ucrânia permite a gestação de substituição, existindo mesmo clínicas específicas para isso mesmo, ajudando casais a terem filhos. Segundo dados avançados pela Euronews, em 2020, tinham nascido, nos cinco anos subsequentes, quatro mil bebés na sequência de processos de barriga de aluguer, sendo que 90% dos recém-nascidos eram de pais estrangeiros.

[Em atualização]