À mesma hora que a ministra da Saúde Ana Paula Martins se sentava no hemiciclo para discutir na especialidade o Orçamento do Estado para 2025, a greve do INEM, as mortes por falta de assistência de emergência e as urgências obstétricas encerradas, chegava também uma informação indicando que o Ministério da Saúde pedia o recuo dos boletins de saúde infantil em amarelo para voltarem a ser rosa e azul.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai repor as cores rosa e azul nos boletins de saúde infantil e juvenil, por decisão do Ministério da Saúde, depois de ter optado pelo amarelo, uma cor mais neutra, e que é também já a do boletim de vacinas.
“Por decisão do Ministério da Saúde, a DGS vai retomar as cores que eram usadas no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil: azul e rosa”, lê-se no comunicado enviado esta manhã às redações pela direção-geral liderada por Rita Sá Machado. Um recuo que não trava o processo de desmaterialização do registo. O papel irá manter-se mas apenas em situações que não seja possível emitir a versão digital, mas vai obrigara mudanças uma vez que a Imprensa Nacional Casa da Moeda até já tinha interrompido a produção dos boletins azuis e rosas.
A alteração da cor do boletim de saúde infantil e juvenil para amarelo foi avançada por Rita Sá Machado explicando que os trabalhos para o novo boletim digital já estava em curso. “Uma das próprias alterações que nos pediam muito era a questão das cores: ser um boletim azul e um boletim cor-de-rosa”, referiu a diretora-geral da Saúde.
Rita Sá Machado adiantou ainda que, neste momento, os boletins em causa “já são amarelos”, uma “cor neutra”, mas mantendo o “símbolo do que é um rapaz ou uma rapariga”.