Bono faz história ao ser eleito nos prémios Mulheres do Ano

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Pela primeira vez em 27 anos, um homem foi eleito pela revista britânica ‘Glamour’ para a sua lista de vencedores dos prémios Mulheres do Ano. Na edição deste ano, o vocalista dos U2 recebeu esta distinção, apesar do nome atribuído à cerimónia anual, pelo seu trabalho humanitário em prol da igualdade de género.

A publicação destaca, entre as iniciativas de Bono, a campanha Poverty is Sexist, que se destina a ajudar as mulheres mais pobres a ter acesso a alimentação, saúde e educação.

Em comunicado, a ‘Glamour’ explicou a decisão de incluir um homem, pela primeira vez, nestes prémios. “Quando uma grande estrela do rock masculina, que poderia fazer tudo o que quisesse com a sua vida, decide focar-se nos direitos das mulheres e de raparigas em todo o mundo, então isso é motivo de celebração”, lê-se.

O cantor irlandês mostrou estar surpreendido com a eleição. “Tenho a certeza que não o mereço. Mas estou agradecido por este prémio e aproveito a oportunidade para dizer que a batalha pela igualdade de género nunca será ganha se os homens não lutarem por ela ao lado das mulheres. Somos largamente responsáveis pelo problema, por isso temos que estar envolvidos na sua solução”, explicou Bono.

Outras das eleitas a Mulher do Ano 2016 são a atleta olímpica Simone Biles, as três fundadoras do movimento Black Live Matters e Nadja Murad, nomeada para o Nobel da Paz, que foi sequestrada e vítima de abusos sexuais por extremistas do Estado Islâmico.