Brasil. Executivo nunca teve tantas mulheres, mas ainda não são um terço do total

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Janja da Silva e Lula da Silva em noite de vitória eleitoral na corrida à presidência do Brasil. Lula ganhou mandato pela terceira vez [Fotografia: CARL DE SOUZA / AFP]

O Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou esta quinta-feira, 29 de dezembro, a participação de 11 mulheres no comando de pastas no executivo do país, ao anunciar 16 ministros que faltavam para compor o seu Governo.

“Acho que com o ‘desgoverno’ que o Brasil foi submetido durante todos estes anos, teremos de trabalhar o dobro para recuperar. Estou feliz porque em todos os governos, o Brasil nunca teve tantas mulheres ministras“, afirmou Lula da Silva, ao lado de duas das mulheres indicadas, Marina Silva e Sónia Guajajara, que tomarão posse como ministras do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, respetivamente, a 1 de janeiro de 2023.

Vamos ter uma mulher presidente da Caixa Económica Federal e uma mulher presidente do Banco do Brasil“, acrescentou, numa cerimónia na capital brasileira para anunciar a composição da sua equipa ministerial.

Ao todo, o futuro Presidente brasileiro escolheu 11 mulheres para o seu executivo, composto por 37 pastas.

A antiga candidata presidencial Marina Silva regressa ao Ministério do Meio Ambiente, que já ocupou entre 2003 e 2008, sob a Presidência de Lula da Silva, enquanto Simone Tebet, terceira classificada na primeira volta das presidenciais e apoiante de Lula da Silva na segunda volta, vai chefiar o Ministério do Planeamento e Orçamento. A líder indígena Sónia Guajajara vai chefiar o Ministério dos Povos Indígenas.

No anúncio, Lula da Silva – que vai ter a primeira-dama Janja da Silva a lutar pelos direitos das mulheres no Brasil – indicou ainda outros nomes como Ana Moser para o Ministério do Desporto e Daniela Sousa Carneiro para o Ministério do Turismo.