Britânica enriquece a vender comida para cães e gatos

Lucy Postins

A ideia nasceu em 2002 quando ‘Mosi’, o cão de raça leão-da-rodésia de Lucy Postins, começou a sofrer de alergias e infeções nas orelhas. Na altura a trabalhar numa multinacional de comida para animais, a britânica resolveu pôr as mãos na massa e ser ela própria a cozinhar para o seu amigo de quatro patas, só com ingredientes orgânicos e naturais. Pouco depois, a saúde de ‘Mosi’ melhorou e a britânica, que mora nos EUA, decidiu começar a fazer e vender comida para animais que fosse o mais semelhante possível à dos humanos.

A primeira ementa colocada à venda, apenas na Internet, era composta por carne de vaca com cenoura, batata, espinafres, ovos, salsa, maçã e arandos. Foi um verdadeiro sucesso, tal como as que se seguiram. Em 2007, o negócio já tinha crescido tanto que Lucy recebia 220 encomendas por semana.

O marido, Charlie, demitiu-se do emprego que tinha na Nissan, a fabricante de automóveis japonesa, para ajudar. Contavam, então, com oito funcionários. Hoje são 47 e Charlie é o presidente e o braço direito da sua mulher, CEO da empresa de comida para animais The Honest Kitchen (A Cozinha Honesta, em português).


Leia também o artigo: Sara Sampaio contra os maus tratos a animais


“A Lucy tinha feito algo incrível que nos fez chegar àquele ponto, mas havia uma necessidade óbvia de desenvolvimento do negócio”, explicou Charlie à Forbes.

Só nos EUA, a The Honest Kitchen já conta com cerca de 4500 lojas onde se podem encontrar dezenas de refeições para cães e gatos, com ou sem glúten e cozinhadas “100% de acordo com os padrões humanos”, conforme se lê nas embalagens. Uma caixa com 4,5 quilos de ração pode chegar a custar 105 euros, mas o preço não tem sido um entrave e a prova disso são os números: só em 2015, a empresa com sede em San Diego, na Califórnia, faturou 26 milhões de euros.

“Para mim não é gourmet, é apenas senso comum. São os mesmos ingredientes com que alimento a minha família humana”, sublinhou Lucy Postins, de 40 anos.