Os cabeleireiros e institutos de beleza estão a preparar o regresso já para o início de maio, mas há serviços que podem não ser prestados na sua totalidade. Ao Delas.pt, a presidente da Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza, Cristina Bento, especifica as regras de acesso para uma eventual e gradual abertura e não fecha a possibilidade de haver serviços como depilações a buço ou mesmo a barba a homens que possam chegar mais tarde. “Entendemos que há serviços que pela forma da sua execução não devem ser prestados até uma orientação clara da própria Direção-Geral da Saúde para o seu procedimento”, responde.
Quanto às novas indicações, foram propostas medidas no âmbito de “um Plano de contingência” e que passam pela marcação prévia, do uso de máscara e viseira por parte dos profissionais, para lá dos produtos de desinfeção obrigatórios presentes no espaço, do “número máximo de clientes que possam estar em simultâneo no estabelecimento (tendo em conta a área útil do mesmo e a distancia das cadeiras de cabeleireiro/barbeiro, mesas de manicura e outros postos de trabalho) por forma a garantir o distanciamento social aconselhado pela DGS”.
É ainda solicitado o “reforço da lavagem e desinfeção (com produtos viricidas) e esterilização de todos os utensílios utilizados que entram em contato com os clientes e que não sejam de utilização individual”.
Num setor com, estima-se, 38 mil estabelecimentos e envolvendo 50 mil profissionais, como garantir o cumprimento das regras assim que o confinamento começar a ser gradualmente levantado? “Sabemos, desde já, que as empresas da cosmética capilar vão colaborar eficazmente nas ações de sensibilização e no apoio que vão dar aos seus clientes no fornecimento dos materiais exigidos para a concretização dessas medidas. Estamos todos em rede para acautelar esse rigoroso cumprimento das medidas proposta”, refere, ao Delas.pt, Cristina Bento.
“Todos temos consciência que temos de regressar à possível normalidade convivendo com a existência deste vírus”, sublinha a responsável, que lembra que “os profissionais estão preparados para lidar com outro tipo de doenças infetocontagiosas, estão devidamente informados e sensibilizados para as medidas de proteção a adotar e, como tal estão preparados para iniciar, com as devidas restrições ao nível do atendimento, a sua atividade”.
Um regresso que, especifica a presidente, se faz notar através da pressão que se tem sentido por parte das clientes que reclamam pela prestação dos serviços”. “O cuidado com a imagem, a influência que a mesma tem na autoestima das pessoas, a necessidade (e falamos mesmo de necessidade) de alguns cuidados quer ao nível do tratamento do cabelo ou da estética estão na origem desta pressão que tem sido sentida pelos nossos profissionais”.