Cama: Como e com que frequência trocar lençóis, fronhas e pijamas

Dad with daughter at home
[Fotografia: Istock]

A importância de tirar o pijama em tempos de isolamento social vai muito além da necessidade de saúde mental de manter as rotinas. É preciso mesmo que os tecidos respirem e que se tenham todos os cuidados para evitar a acumulação de microorganismos. O mesmo acontece com a roupa da cama.

Os lençóis devem ser mudados todas as semanas e lavados a mais de 40 graus. Porém, as indicações são, atualmente, para se ir muito mais além no termómetro da máquina de lavar roupa, aos 60 graus ou mais, sobretudo agora numa altura em que as recomendações médicas, devido à pandemia causada pelo novo Coronavírus, indicam a lavagem a altas temperaturas.

Segundo um estudo da Academia Norte-Americana de Dermatologia, estima-se que os humanos percam entre 30 a 40 mil células por dia através da escamação e que se fazem também acompanhar de milhões de micróbios.

“Prolongar o uso por mais de uma semana [de lençóis e pijamas] aumenta a presença de restos celulares e micróbios”, afirma ao site espanhol S Moda Guillermo Quindós. Para o professor catedrático de Microbiologia e diretor do departamento de Imunologia, Microbiologia e Parasitologia da Faculdade de Medicina e Enfermaria da Universidade do País Basco, é mesmo importante mudar semanalmente, sobretudo o pijama, porque se trata de uma peça que “está em permanente contacto com objetos e superfícies de casa, que podem estar contaminados de micróbios”.

O especialista vai até mais além e pede para que os pijamas sejam mudados duas vezes por semana para evitar precisamente essa contaminação.

Numa altura de isolamento em que, para muitos, o uso da cama vai muito além de servir para ler um livro ou dormir, podendo ser um local no qual se trabalha ao computador, com o telemóvel ou mesmo se come, o combate a microrganismos e ácaros tem de ser mais veemente. Não é, contudo, recomendável que se faça todos os dias porque, dizem os especialistas, tal não vai melhorar a saúde ou o equilíbrio da pele.

Porém, atitude diferente deverá ter lugar com as fronhas da cama. A Associação Norte-Americana de Dermatologia recomenda mesmo que sejam trocadas duas a três vezes por semana para evitar a acumulação de pós, de bactérias, mas também de todo e qualquer tipo de contaminação.

Caso a roupa da cama e os pijamas sejam novos, eles devem mesmo ser lavados antes de serem estreados. E há duas razões para esse procedimento: eliminar eventuais conservantes presentes nos tecidos que possam causar irritação na pele e evitar possíveis contaminações que possam ter tido lugar antes de as peças terem sido embaladas.