Cancro da mama: Radioterapia parcial reduz efeitos secundários

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O número médio de efeitos secundários nas pacientes com cancro da mama é mais baixo se elas forem tratadas com radioterapia aplicada apenas a parte do peito ou numa dose mais reduzida, se aplicada ao peito inteiro, do que no tratamento convencional com radioterapia. Ou seja quando esta incide sobre o peito na sua totalidade e numa dose superior.

As conclusões são de um estudo realizado no Reino Unido e apresentado esta sexta-feira, 23 de março, na 11ª. Conferência Europeia de Cancro da Mama, a decorrer em Barcelona, Espanha.

Segundo o site Medicalxpress, a investigação, intitulada ‘Import Low’ e realizada em 2016, com mulheres em 41 centros de tratamento, no Reino Unido, mostrou que a radioterapia parcial ou em doses mais reduzidas é tão eficaz como a radioterapia convencional, no controlo do reaparecimento do cancro durante cinco anos, mas é mais eficiente na contenção dos efeitos secundários que esse tipo de tratamento provoca nas pacientes, como, por exemplo, as alterações da própria aparência do seio.

A pesquisa reflete uma análise sobre os efeitos secundários que afetam não só o peito, mas o corpo, no geral, nos cinco anos que se seguem à realização do tratamento de radioterapia. Os resultados mostraram que mais de metade das pacientes no estudo (1265), que se submeteram a tratamentos mais localizados e com doses menores, não revelaram praticamente efeitos secundários, moderados ou pronunciados, em nenhuma fase. O número de efeitos secundários reportados, por pessoa, também foi menor quando comparado com o das pacientes submetidas a radioterapia convencional. E nos casos, das pacientes que sofreram sequelas a maioria foi reduzindo com o tempo, salienta a investigação.

“Esta nova informação vai ajudar os médicos a discutir os riscos e os benefícios deste tipo de radioterapia nos pacientes e pode melhorar as decisões tomadas, assim como permitir-lhes prescrever o tratamento mais adequado a cada paciente individualmente”, afirmou, àquele site, o médico Indrani Bhattacharya, do Institute of Cancer Research’s Clinical Trials and Statistics Unit, de Londres, que coordenou o estudo.

AT
Imagem de destaque: Shutterstock

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