Os resultados alarmantes chegam da comparação entre a lista de potenciais carcinógenos de mama desenvolvida por cientistas do Silent Spring Institute, recentemente publicada, e o banco de dados da instituição suiça Food Packaging Forum sobre produtos químicos migratórios e extraíveis em contacto com alimentos.
Os investigadores detetaram a presença de 189 produtos químicos potencialmente perigosos para o desenvolvimento do cancro da mama, incluindo 143 identificados em embalagens de plástico e 89 nas de papel ou cartão.
De acordo com a mesma análise, já de si preocupante, a equipa de investigadores identificou 76 químicos que se comportavam ativamente – ou seja moviam-se – dos materiais nos quais originalmente estavam presentes para arriscarem infiltrarem-se nos alimentos posteriormente a ingerir, e em condições ambientais regulares.
Produtos químicos que têm risco aumentado, segundo análises laboratoriais já comprovadas em animais de laboratório, de provocarem cancro de mama e, em casos mais graves, com potencial de alterar o DNA ou interferir no sistema hormonal.
Nesta investigação publicada na revista científica Frontiers in Toxicology (e que pode ler no original aqui), a equipa fala em substâncias que estão presentes em quase todas as embalagens no mundo, independentemente da sua origem geográfica
“Este estudo é importante porque mostra que existe uma enorme oportunidade para a prevenção da exposição humana a produtos químicos causadores do cancro da mama”, declarou, em comunicado, a diretora-Geral do Food Packaging Forum e coautora do estudo, Jane Muncke.