Chanel apresenta nova coleção numa biblioteca e prolonga homenagem a Lagerfeld

A Chanel voltou a surpreender com o desfile da sua nova coleção outono-inverno, na Semana de Alta-Costura de Paris. Contrastando com a exuberância de Karl Lagerfeld, a sua sucessora, Virginie Viard, decidiu dar um cenário mais intimista às novas proposta da casa francesa: uma biblioteca. Mas o legado do estilista alemão, falecido em fevereiro deste ano, fez-se notar.

O desfile desta terça-feira, 2 de julho, é o primeiro inteiramente da responsabilidade da designer francesa, de 57 anos, e não parece, para já, romper com a herança de Lagerfeld. Desta vez o Grand Palais transformou-se numa biblioteca, que acabou repleta de referências ao antigo diretor criativo da marca de luxo francesa.

Viard, que assumiu formalmente a direção criativa da casa de alta-costura depois da morte do designer alemão, montou o desfile numa biblioteca circular, que apesar de remeter para uma menor espetacularidade visual, por comparação com os últimos cenários de Lagerfeld, pode ser entendida como uma derradeira homenagem, já que Lagerfeld era um apaixonado por livros, estimando-se que a sua biblioteca pessoal fosse composta por mais de 250 mil edições.

Também as peças apresentadas, que encaixaram neste cenário mais austero e recatado, combinaram o tradicional tweed da marca Chanel, ainda que mais evidente noutras peças que não os conhecidos tailleur, como as saias e os casacos compridos, com peças de colarinhos subidos. De resto, numa coleção onde se destacaram ainda os botões apertados, aquele detalhe, assim como os coordenados casaco calça, totalmente pretos, evocaram a imagem do próprio Lagarfeld. Imagem reforçada pelos cabelos das modelos, penteados com um rabo-de-cavalo apanhado em baixo, como usava o designer.

Veja galeria, acima, imagens do desfile.

 

Chanel apresenta a primeira coleção sem Karl Lagerfeld

Sapatos de cortiça desfilam para a Chanel