Não foi a primeira, mas está longe de ser a última a fazê-lo. A casa Chanel acaba de anunciar o fim do uso das peles exóticas nas suas coleções, uma medida que chega depois de outras casas – e até cidades inteiras – terem tomado medidas semelhantes. Falamos da Gucci, da Versace e de Jean-Paul Gautier.
A histórica casa de moda de luxo quer ser mais sustentável e ambientalmente mais responsável e, por isso, no dia em que se apresenta em Nova Iorque, esta terça-feira, 4 de dezembro, a empresa recorre ao jornal francês Le Figaro para fazer o anúncio. Uma decisão que implica banir a pele de crocodilo, de cobra, de serpente e de tubarão dos seus produtos, entre eles, a conhecida mala Collector.
“Na Chanel, avaliamos continuamente nossas cadeias de fornecimento para garantir que correspondam aos requisitos éticos. Ora, é cada vez mais difícil para nós encontrar peles exóticas (…) que correspondam às nossas exigências em termos de ética”, justificou o presidente Bruno Pavlosky em entrevista ao jornal.
Raridades e valor que colocaram a casa francesa entre duas possibilidades: “Encontrar uma maneira de limpar o setor e privar-se desses materiais, inventado uma nova geração de produtos ultraluxuosos, com recurso a novos materiais”, referiu o mesmo responsável ao jornal, afirmando que as encomendas de malas feitas desse tipo de produtos ainda são em número relevante. “Hoje, um produto exótico deve o seu valor essencialmente à matéria-prima e pouco à mão de obra. Nós privilegiamos a criação, muito o know how, os acabamentos”, justificou.
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