Nem despedimentos, nem desemprego parcial. A casa de luxo francesa comprometeu-se, em comunicado, a manter os salários aos seus funcionários durante o período de isolamento devido à pandemia do Coronavírus. Uma medida que a Chanel irá manter para com os seus 8500 trabalhadores em França. Os rendimentos mensais serão pagos “durante 40 dias de trabalho” e “por um período de oito semanas, de 16 de março a 8 de maio”, refere o comunicado citado pela revista francesa Madame Figaro.
A mesma nota justifica que a Chanel não irá recorrer ao mecanismo de despedimento parcial por “não querer pesar nas contas públicas por forma a que o Estado francês possa dar prioridade à ajuda a empresas mais vulneráveis”. A casa francesa sustenta também que o recurso a esta medida quer ajudar a que os recursos estatais possam ser “concentrados no sistema de saúde, ao pessoal adstrito e aos organismos de socorro às pessoas”, diz ainda a mesma nota.
Para lá das medidas internas para com os trabalhadores, a Chanel anunciou um donativo de 1,2 milhões de euros a ser entregue ao fundo de urgência criado pela Fundação da Assistência Pública – Hospitais de Paris e que servirá para o apoio aos profissionais de saúde destes hospitais e ao Serviço Nacional de Saúde.
Recorde-se que já desde o início da pandemia por Covid-19 que a casa Chanel tem vindo a encerrar, desde 19 de março, progressivamente as suas lojas e fábricas em França, mas também na Suíça e na Itália.
Por cá, o designer Luís Onofre juntou-se às empresas de calçado e está a produzir máscaras, as associações do setor têxtil disponibilizaram estruturas para começar a produzir equipamento médico, havendo já empresas, por exemplo, em Leiria que estão já a trabalhar neste novo desígnio. Iniciativas que correm a par com as de cidadãos, que estão também a produzir máscaras, cógulas e outras peças necessárias a hospitais, centros de saúde e mesmo lares.
