EUA: Cheerleader despedida por publicar foto em lingerie no Instagram

Bailey Davis, de 22 anos, cheerleader dos New Orleans Saints, publicou uma fotografia em lingerie na sua página de Instagram. Depois da publicação da imagem, a liga de futebol americano (NFL) despediu a jovem, alegando o não cumprimento das regras da equipa. Davis já apresentou queixa.

“Não pensei na imagem como uma fotografia sexy”, frisa Bailey Davis, citada pela revista Cosmopolitan. “A imagem é de corpo inteiro porque queria mostrar o meu físico”, acrescenta a atleta do Mississippi.

As regras a que os membros das claques femininas das equipas de futebol norte-americanas estão sujeitas são extremamente restritas. Para além de diversas queixas, os regulamentos estipulados já levaram, inclusivamente, a despedimentos – como foi o caso de Bailey Davis.

Quando ser cheerleader é dizer adeus à vida privada

Não namorar com técnicos ou elementos da equipa ou não socializar intimamente com os jogadores são algumas das regras impostas pela NFL, que dão direito a despedimento. “Tive sempre que ter as minhas unhas pintadas ou com manicura francesa”, conta Davis à Cosmopolitan. “E depois nunca podia estar no mesmo lugar que um jogador. Se estivesse num restaurante e um jogador entrasse, tinha de sair”, acrescenta.

A par desta regras, a equipa da NFL proíbe ainda “o uso de fotografias nuas, semi-nuas ou de ‘lingerie’” nas redes sociais, lê-se num artigo publicado pela BBC, que menciona ainda que estes regulamentos não se aplicam aos jogadores, mas sim às cheerleaders.

Na sequência da ocorrência, a jovem contratou uma advogada, Sara Blackwell, e apresentou uma queixa de discriminação na Comissão para a Igualdade de Oportunidades no Emprego contra o New Orleans. Na queixa feita pela jovem são mencionadas algumas destas normas que são impostas às cheerleaders, mas não aos jogadores.

“Elas devem ser tratadas como atletas, que é o que elas são”, afirma Blackwell, citada pela BBC. “Esta é uma clara situação de discriminação baseada no género”, acrescenta a advogada, relevando à mesma publicação que o próximo passo do processo será enviar uma carta ao comissário da Liga, Roger Goodell, para pedir uma audiência.

Num comunicado publicado pelo jornal Hattiesburg, Gregory Rouchell, advogado da equipa desportiva em questão, defende-se das acusações feitas pela ex-cheerleader: “O New Orleans Saints é uma entidade empregadora que promove a igualdade de oportunidades e nega que a senhora Davis tenha sido discriminada por ser mulher. Os Saints defenderão esses direitos”.

Imagem de destaque: Instagram Bailey Davis

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