Cibercondria. A ‘doença’ que já afeta mais da metade dos portugueses e europeus

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[Fotografia: Pexels]

Estudo levado a cabo pela Eurostat indica que já há mais europeus a ir à internet quando está doente e precisa de verificar sintomas do que a contactar o médico. Aquele organismo da Comissão Europeia divulgou, em abril, dados referentes e 2021 a que apontam para uma chamada ‘cibercondria’, comportamento que descreve o hábito de as pessoas pesquisarem de forma compulsiva informações na Internet sobre sintomotalogia e doenças e que desenvolvem uma ansiedade excessiva face aos seus sintomas.

Desde pequenas feridas, a erupções cutâneas ou mesmo sinais físicos pouco comuns, estes são apenas alguns exemplos que empurram europeus para o chamado Dr. Google. Com a pandemia, os valores de informação e desinformação na saúde disparar na net e nas redes sociais.

Segundo as conclusões do estudo levado a cabo por aquele organismo da Comissão Europeia, 55% dos europeus (ou seja, mais de metade) fez pesquisas dessa natureza durante os três meses que antecederam o inquérito. Os portugueses acompanham, mas por baixo, aquela média, ainda assim são mais de metade os nacionais que pergunta primeiro à net qual o seu problema de saúde antes de falar com um especialista.

Mas a investigação também notou uma disparidade nos valores registados entre os vários países-membros. Finlandeses e Dinamarqueses estão no topo da cibercondria, com 80% e 75%, respetivamente, a reconhecerem esse tipo de comportamento. Do outro lado estão os alemães e os búlgaros, que se apresentam abaixo da média europeia neste tipo de procura de informação, exatamente por considerarem que a internet não será fiável para encontrar respostas a problemas de saúde.