Ciência explica que as baixas frequências enchem as pistas de dança

pista de dança
[Fotografia: MART PRODUCTION/ Pexels]

Um estudo publicado na revista Current Biology e levado a cabo pela McMaster University descobriu que as frequências mais baixas levam mais pessoas para a pista de dança.

Ou seja, segundo a pesquisa, as pessoas dançavam 12% mais quando tocada uma frequência baixa estava a passar.

A equipa responsável pelo estudo criou um espetáculo no McMaster LIVELav com o propósito de descobrir como estas frequências afetam o movimento. Para o evento foi ainda convidada a dupla eletrónica Orphx que atuou durante 45 minutos. O local foi ainda equipado com um sistema de captura de movimento 3D e um sistema de som Meyer que pode replicar vários ambientes de concerto.

Os participantes usaram bandanas com um sensor de movimento de forma a monitorizar os seus movimentos de dança. Os voluntários preencheram também um questionário antes e depois da experiência.

Durante a atuação, os cientistas manipularam os graves muito baixos ligando-os e desligando-os a cada dois minutos. Eles descobriram que a quantidade de movimentos era 11.8% maior quando estes estavam a ser transmitidos.

As pessoas estariam, portanto, a sentir, literalmente, o ritmo da música. Com os graves surgem vibrações fortes que podem ser sentidas em todo o corpo. Estas podem ser sentidas tocando no chão, nas colunas ou através dos nossos ouvidos. A interação entre vibração e o nosso corpo acaba assim por afetar o sistema motor, algo que os responsáveis pela pesquisa acreditam dar vontade de dançar.