Cientistas descobrem até que idade é possível viver

É das poucas certezas que temos: ninguém vive para sempre. Só não se sabia qual seria o limite máximo de idade. Esta semana a ciência chegou lá. Um novo estudo publicado na revista científica Nature concluiu que é praticamente impossível quebrar o recorde de 122 anos da francesa Jeanne Calment, que morreu a 4 de agosto de 1997 e, por incrível que pareça, até era fumadora. Os investigadores ainda admitem que venha a existir alguém que chegue aos 125 anos. No entanto, a probabilidade de isso acontecer é muito reduzida, de uma entre 10 mil.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores recorreram a um modelo matemático. “Estabelecemos o limite máximo da vida humana para 115 anos. A idade do ser humano que viveu mais, Jeanne Calment, foi de 122, mas se tivermos em conta os outros indivíduos centenários, a média aritmética é de 115”, explicou Jan Vijg, um dos autores do estudo da Albert Einstein College of Medicine, ao site El Español.


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A quantidade de pessoas que ultrapassa os 110 anos é cada vez maior. Contudo, ao longo dos anos tem-se verificado que a idade máxima atingida pelos seres humanos tem vindo a diminuir.

Atualmente, a italiana Emma Morano, com 117 anos, é o último ser humano vivo que nasceu no século XIX, mais concretamente em 1899. A segunda pessoa com mais idade é Ana María Vela, uma espanhola que no próximo dia 29 de outubro vai completar 115 anos.

“As mulheres vivem mais do que os homens, mas o seu limite máximo de vida não é maior. Claro que há mais mulheres do que homens a chegar ao limite de 115, mas quando um homem vive muitos anos, não há evidências de que o seu limite máximo de vida seja mais curto que o de uma mulher”, sublinhou o mesmo investigador.

Para obter estes resultados, os investigadores da Albert Einstein College of Medicine analisaram dados demográficos de 40 países, incluindo Portugal.