Cinco aspetos que todos devem conhecer sobre a menopausa

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[Fotografia: iStock]

Falar em menopausa é, quase sempre, associá-la a afrontamentos, inchaço e alterações hormonais. Nada disto está errado, mas a menopausa não se define apenas por três características. Há mais – muito mais – por saber.

Conhecimento é poder, e baseado no livro O Poder da Perimenopausa, de Maisie Hill, trazemos-lhe cinco factos sobre o tema:

Quando é que se inicia a menopausa?

À revista Vogue, a especialista Hill explicou que a menopausa é considerada 12 meses após a última menstruação. “Imagine que tem 50 anos e tem o seu último período menstrual, a menopausa é 12 meses depois desse momento.”

O tempo que leva até à menopausa é chamado de perimenopausa, ou pré-menopausa, e descreve a fase acompanhada pelos sintomas de que tanto ouvimos falar, desde afrontamentos até secura vaginal. As alterações menstruais começam, em média, quatro anos antes da menopausa.

Sintomas da perimenopausa

É bastante comum confundir-se a menopausa com a perimenopausa. Contudo, a menopausa só chega quando uma mulher deixa de libertar óvulos, geralmente, entre os 45 e os 55 anos.

Os principais sintomas no período de transição são: irregularidade da menstruação, calor, suores noturnos, diminuição da libido, problemas urinários, irritabilidade, hipertensão, dores de cabeça e vertigens.

No caso da menopausa, além da interrupção da menstruação, começam a surgir outros efeitos. “Cerca de 40% das mulheres têm problemas ao dormir, e entre 10 e 20% passam por alterações de humor”, divulgou um estudo da Universidade de Harvard.

Nem sempre o diagnóstico é o mais correto

Hill explicou que muitas das seus pacientes, que relataram repentinos ataques de pânico, foram consideradas deprimidas ou com problemas cardíacos, quando na verdade tinham apenas oscilações hormonais.

Para casos complexos, e devidamente analisados por um médico, é aconselhado a terapia de reposição hormonal (TRH). A menopausa não deve ser vivida como uma doença ou algo incapacitante.

Terapia de Reposição Hormonal (TRH) teve uma injusta má fama

“Muitas pessoas ficam desconfortáveis com a ideia da TRH, mas é muito mais seguro do que possam pensar. Durante 20 anos foram feitas manchetes assustadoras a dizer que a terapia duplicava o risco de cancro de mama e de doenças cardiovasculares, mas a pesquisa a que essas manchetes fazem referência foi conduzida há mais de 20 anos”, afirmou Hill.

A autora do livro sobre menopausa, explicou que “a TRH não só ajuda a controlar os sintomas da pré-menopausa, mas também pode ajudar a afastar outras patologias, desde osteoporose e doenças cardiovasculares a doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson”.

Nem tudo é mau

Apesar de muitas mulheres temerem a perimenopausa, este pode ser um momento muito positivo e crucial. A especialista explicou que, nessa fase, a maioria das suas clientes passa por um período importante de autocuidado e empoderamento, vivendo mais para elas mesmas.